A banda Suricato voltou de cara nova! Após alguns anos se apresentando solo, Rodrigo Suricato apresenta nova formação de seu núcleo criativo com um time de forte presença feminina. Além do carioca Rodrigo (voz, guitarra e violão), a banda é composta por Carol Mathias (teclado e voz), Martha V (synth, voz, violão e guitarra), Marfa (baixo), além de Diogo Gameiro (bateria), cofundador da banda. Nessa nova fase, Suricato lançará quatro novos EPs e o primeiro já está entre nós.
“Sessions #1” traz em seu repertório quatro músicas: “Astronauta” (Rodrigo Suricato / Maurício Barros), que pela primeira vez ganha versão com banda; “Talvez”, que conta com a participação do músico Milton Guedes, e “Diante De Qualquer Nariz” (ambas compostas por Suricato e Diogo Gameiro); além da releitura de “A Lista”, canção de Oswaldo Montenegro.
Com tanta novidade, conversamos com Rodrigo Suricato para nos contar tudo sobre esse novo momento da banda. Confira na íntegra a seguir:
KT: Começando falando desse período que vivemos: durante a pandemia, você não parou, né? O que você tirou de inspiração desse período tão delicado?
Rodrigo Suricato: Eu acho que o convívio mais íntimo comigo mesmo e entendo a vulnerabilidade da nossa profissão, eu pude me atentar mais às relações afetivas. O mais importante que levamos dessa vida: o amor. Isso me incentivou nesse movimento mais coletivo.
KT: E em que momento você teve a ideia de retomar esse projeto da Suricato como banda e nessa formação?
Rodrigo Suricato: Por opção, eu estava tocando sozinho por muito tempo. Eu senti saudades de estar em um coletivo com outras pessoas. Muito também veio da minha experiência com o Barão Vermelho. Estar com aquela explosão no palco... E aí voltei o início de todo processo: um artista, com violão, ao lado de amigos fazendo música. Gravando tanto inéditas, quanto regravações que são importantes para mim.
KT: Como você sente que esse novo formato vai impactar musicalmente e artisticamente o novo rumo da Suricato?
Rodrigo Suricato: A música da Suricato tem a essência do Rodrigo Suricato. Eu escrevo o que eu penso, eu canto aquilo que realmente me emociona e conduzo o projeto para o lugar que acho interessante de acordo com minhas vivências. A música então acaba sendo a mesma. Mas a harmonia dos integrantes agora é algo muito novo que eu vivo. Já vivi relações dentro do meu projeto que foram muito tóxicas. E com essas novas pessoas eu pude entender o quanto é gostoso estar no coletivo quando as pessoas são bacanas. Existe uma alegria enorme de comunicar a volta da Suricato de um jeito feliz e pulsante.
KT: Falando do processo criativo desse EP Sessions, qual foi a parte mais especial durante a produção desse projeto?
Rodrigo Suricato: A parte mais legal foi não levar as coisas tão a sério. Eu quis realmente fazer a verdade fora do ambiente de filmagem. Nos conhecemos, viramos amigos, tocamos juntos e só depois chamamos uma câmera pra registrar. Estar com as pessoas foi maravilhoso. Tudo que vão ver nesse projeto é pura verdade. Então, esse momento é muito especial. É um momento de muita alegria!
KT: Por último, sei que você já fez de tudo, mas o que ainda tem muita vontade de fazer como artista no geral ou até mais especificamente nessa nova fase da suricato? Um grande sonho?
Rodrigo Suricato: O meu grande sonho como artista é equilibrar o que eu gosto e o que eu não gosto de fazer. Hoje eu ainda sinto que é muito desproporcional. Eu diria que 30% que eu faço é muito bacana e os outros 70% são de coisas que a gente não gosta. Estou tentando encontrar um equilíbrio justo e proporcional entre as coisas que eu amo e as coisas que precisam ser feitas.
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