Em atividade desde 2010, o Awolnation continua entregando grandes trabalhos. Mais recentemente, a banda americana que chamou atenção mundial com o hit "Sail" anunciou o seu sexto álbum de estúdio, The Phantom Five, para o dia 30 de agosto. Até o momento, já saíram os singles “Panoramic View", "Jump Sit Stand March" e, mais recentemente, "I Am Happy", e há grandes expectativas para o trabalho completo.
Conversando com o Keeping Track, o líder Aaron Bruno deu alguns spoilers a respeito do projeto. Confira abaixo!
O que esperar do “The Phantom Five”?
Segundo o vocalista, o maior intuito do disco é mostrar o poder da música:
“Eu quero que os ouvintes tenham total liberdade para tirar o que quiserem do álbum. A música é o que nos mantém juntos. A música é o que nos une e numa época em que é muito popular pensar que o mundo está prestes a acabar, eu gostaria de oferecer uma perspectiva diferente, que é a de que a música é o que nos mantém em movimento e nos ajudará a sobreviver. E acho que é disso que se trata o espírito do ‘The Phantom Five’ [...]. Antes, eu tive muito tempo para fazer um outro projeto chamado Barbarians of California, que é um projeto totalmente heavy metal, hardcore, que fiz com uma banda totalmente diferente, com meu engenheiro, Eric [ Stenman], que está atrás de mim, e alguns outros caras. E então consegui fazer isso e todas as músicas do ‘The Phantom Five’ e meio que escolher a dedo o que achei que seria apropriado juntar num disco completo para contar uma história.”
Em seguida, o próprio explicou como a recente paternidade o influenciou na criação do material. A inspiração fica explícita na mencionada “Panoramic View”: "Escrevi a música antes da minha esposa engravidar. Eu estava tentando escrever uma carta com o conceito hipotético de ter um filho ou filha diante de todo esse medo que tem sido realmente empurrado para todos nós no mundo de hoje. E então, estranhamente, isso acabou se tornando realidade. E agora sou pai. Então eu ouço essas músicas de maneira diferente. [Ter uma família] muda tudo imediatamente. O jeito como as coisas cheiram, como são vistas. É como se você estivesse se apaixonando. Quando você está naquela fase lua de mel, sabe?”.
Já em relação às faixas que está mais animado para o público ouvir, o artista pensou em duas: "I Am Happy", lançada na última sexta-feira (19) em parceria com o Del the Funky Homosapien, descrito como um de seus rappers favoritos de todos os tempos, e a canção final "Outta Here". Confira abaixo a primeira delas:
O gosto musical de Aaron Bruno
Fato é que, para além do próprio trabalho, Aaron é extremamente eclético. Ele contou que não tem preconceito com nenhum gênero musical e que, quando tem um tempo livre, fica à procura de canções pouco conhecidas:
"Estou constantemente vasculhando coisas diferentes, olhando as plataformas de streaming para descobrir novas músicas. Quando digo músicas novas, não me refiro necessariamente às lançadas nos últimos anos e sim algo que seja novo para mim ou um lembrete de uma música que eu ouvia quando mais novo e gostava e quem talvez, não tenha revisitado para ver se resistia bem ao teste do tempo. Então, estou constantemente em busca. Gasto muito do meu tempo livre ouvindo milhares de músicas, desde música clássica até jazz, country, música pop dos anos 70 e 80 e todo o resto.”
Para exemplificar, citou uma música de um artista alemão que não conseguia pronunciar o nome, mas que descobriu enquanto estava de férias com a família. “Eu ouvi a música quando estava procurando cocos para minha família. Tem umas pessoas que vendem coco na beira da estrada e essa música tocou e eu pensei, ‘uau, é incrível, parece uma música do Electric Light Orchestra ou do Bee Gees’. Eu pessoalmente não conheço ninguém que conheça essa música”, relembrou em tom bem humorado. Logo depois, fez questão de pegar o celular e então revelar a faixa em questão: “Out of Time”, do Supersempfft.
Relação do "The Phantom Five" com o disco “Megalithic Symphony”
A respeito da capa de “The Phantom Five”, Aaron relembrou o fato de que, o mesmo símbolo da imagem - construído numa espécie de madeira na foto - também aparece no disco de estreia “Megalithic Symphony” (2011). Há um conceito por trás, como detalhou:
“Voltando ao primeiro álbum, ‘Megalithic Symphony’, esse era um símbolo que aparecia no meio do oceano sem explicação. E então, agora, por algum motivo, uma espécie de grupo underground de desajustados está sendo chamado para construir esse símbolo no meio do nada. Eles estão apenas em busca da liberdade.”
Olhando em retrospecto, ele acredita que sua arte amadureceu ao longo dos anos:
“Muitas pessoas me descobriram com o primeiro álbum. E muitas dessas pessoas cresceram assim como eu. E então estamos agora uns 12, 13 anos mais velhos do que éramos naquela época. E algumas pessoas estão descobrindo esse mesmo álbum agora. É difícil dizer, mas quero acreditar que [o novo álbum] é um pouco mais maduro e espero que não de uma forma chata como pensávamos em nossos pais enquanto crescíamos. Acho que esse novo disco parece muito mais com os dois primeiros discos do que com o terceiro ou quarto. Há algumas músicas naquele primeiro disco que eu ainda adoro, e há algumas que não acho que sejam tão boas.”
Aliás, o cantor também fez questão de destacar o quão grato é por, há tanto tempo, poder fazer o que ama:
“Eu consigo fazer música para viver. Eu não levo isso na brincadeira. Eu não tinha um plano alternativo. Termos como ‘abençoado’ e outras palavras assim parecem meio saturados, mas é perceptível o que eu sinto. É uma honra que alguém se importe em ouvir qualquer coisa que eu tenha feito.”
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