Fran Healy, da banda Travis, conta tudo sobre o novo álbum “L.A TIMES” e shows na América Latina em coletiva de imprensa!

A banda escocesa Travis, conhecida por seus sucessos dos anos 90 e 2000, lançou recentemente seu décimo álbum de estúdio intitulado “L.A Times”. Em coletiva de imprensa, o vocalista Fran Healy revelou tudo sobre o novo disco, os bastidores das músicas, a trajetória da banda, shows na América Latina e mais!

Perguntado sobre qual é a diferença mais importante entre “L.A TIMES” e seus discos mais antigos, Fran conta: “Bem, acho que esse é um disco do tipo “agora ou nunca” para o Travis. Estávamos tentando fazer um dos melhores discos que já fizemos. E eu sei que todas as bandas dizem isso, mas nossas carreiras estão em jogo. Esse é um disco que define nossa carreira e tínhamos que fazer um disco incrível. A maioria das bandas não tem a chance de chegar aos 50. A maioria não tem a chance de chegar a 10 álbuns, e se você tem essa chance, você realmente tem que fazer valer a pena. E acho que conseguimos, essa é a diferença”.

O vocalista também contou sobre algumas músicas que foram descartadas do disco e todo processo para fazê-lo. “Um monte de músicas (foram descartadas). É engraçado, você passa três anos cavando, fazer um álbum, compor músicas é 99% de escavação. Você simplesmente tenta encontrar melodias que nunca ouviu antes, tenta encontrar algo e no final, você tem uma grande pilha de coisas e então você passa por ela e diz, isso é uma merda, isso é bom. Eu chamo isso de mineração, você está garimpando ouro. É a capacidade de reconhecer quando algo é legitimamente bom e na maioria das vezes, você pode se iludir e dizer: “Ah, isso é ótimo”, porque eu estou cantando, e eu a escrevi, e, portanto, é incrível. Mas sou muito, muito autocrítico, então, temos muita coisa que não entrou. E temos essas 10 músicas que eu acho que nos representam, a mim e à banda, da melhor forma possível no momento”.


Na música “Raze the Bar”, a banda faz colaboração com os cantores Chris Martin, do Coldplay e Brandon Flowers, do The Killers e revela como aconteceu essa parceria. “Bom, eu conheço o Chris há 23 anos e o Brandon há 20 anos. Eles são velhos amigos, foi muito legal. Liguei para o Chris para me ajudar com a ordem de execução do álbum e ele elogiou muito “Raze The Bar” e ele ficava parando e dizendo, volte ao início, você pode tocar essa música de novo? quando estávamos ouvindo todas as músicas. E quando voltamos para a casa dele, ele a tocou no piano e cantou. (...)

Liguei pra ele uns dias depois e perguntei se ele queria cantar no refrão da música, porque é como um grande grupo de pessoas cantando e ele sugeriu chamar mais pessoas também e única outra pessoa que eu conheço é o Brandon e ele topou. É bom ter essas pessoas que são realmente muito musicais e têm muito bom gosto”.

Perguntado pelo Keeping Track se existe alguma história, durante o processo do álbum, que as pessoas não fazem ideia, mas que tem um espaço no seu coração, ele desabafa que esse álbum é muito pessoal, porque muitas coisas aconteceram na vida dele nos últimos anos. “Da última vez que essas coisas gigantescas estavam acontecendo foi antes de fazermos “The Man Who”, meu avô morreu, que era como meu pai pra mim e foi muito importante. Quando você perde alguém tão importante em sua vida, é como se mudasse as marés, como perder a lua (...). Depois a banda se mudou para Londres, demitimos nosso empresário. Naquela época, mudamos a formação da banda, colocamos o Dougie, muitas coisas importantes estavam acontecendo, mas as vezes, é assim a vida.

Dessa vez, Nora e eu nos separamos, o que foi muito difícil para todos os envolvidos, mas já superamos isso, ainda somos pai e mãe do Clay e está tudo bem. Perdi meu amigo Ringen, que é um amigo muito querido e isso realmente foi um choque. Demitimos nosso gerente, como vocês sabem, recuperamos nossa banda, recuperamos nosso ânimo e ainda estamos por aqui. Então, essas são coisas grandes e você está imerso nisso. O que quer que tenha acontecido nos últimos anos está em nossas músicas, nossas apresentações, (...), você passa por tempestades e depois sai do outro lado e fica tipo, uau, estou vivo. Ainda estou aqui.”

Ele ainda respondeu o KT sobre quais músicas do álbum “L.A Times” está mais animado para tocar ao vivo nos palcos. “Estou ansioso para tocar “Raze the Bar” no palco, “L.A. Times” porque é uma música bem diferente, é uma música falada. Vamos tocar "Gaslight", “Alive”. Temos tocado “The River” durante a turnê do Killers e essas músicas parecem que são antigas, parece que estão no set, que sempre estiveram lá. É uma sensação ótima e irritante ter que decidir quantas músicas desse álbum podemos tocar. Então, acho que “Alive”, “Home” é uma ótima música para tocar ao vivo também. Mal posso esperar”.


Healy também dividiu uma curiosidade sobre a música “Naked In New York City”. Questionado sobre qual canção foi a mais complexa de fazer, o cantor relatou que apesar de “Naked In New York City” ser uma música simples, ela foi a mais complexa, porque demorou 27 anos para ser inscrita. “Eu estava em Nova York, era uma das minhas primeiras vezes, e meu amigo tinha acabado me mostrar uma afinação no violão e eu escrevi a primeira linha “Naked in New York City, here on my own again, if you make it won't be pretty, you might not come home again”, então, nos últimos 27 anos, eu meio que a coloquei em uma prateleira na minha cabeça, e então eu voltava a cada seis meses para tentar tirá-la da prateleira e escrever (...). Dougie tinha ouvido essa pequena demo que eu tinha feito, e ele disse, por favor, podemos tentar fazer essa música, você pode tentar terminá-la, e acho que talvez pela pressão do momento, eu a tirei da prateleira e disse, vou tentar, e terminei em, acho que em cerca de 10 minutos, depois de 27 anos”.


SHOW NO BRASIL

Na coletiva, o vocalista comentou diversas vezes sobre as apresentações que já fez pela América Latina e seu desejo de retornar aos países. Para felicidade dos fãs brasileiros, a banda Travis volta ao Brasil depois de 11 anos, com a turnê "Raze The Bar", para uma apresentação única no dia 5 de novembro, na Audio, em São Paulo. 

Os ingressos já estão à venda no site da Tickets For Fun.  



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