Elana Dara traz confissões e transformações em álbum de estreia, "Porcelana"

Elana Dara já tem uma carreira consolidada na música. Ao longo dos últimos anos, a cantora, que fez parte do Poesia Acústica, colaborou com artistas de peso como Luísa Sonza e Vitor Kley, por exemplo. Mas desde o primeiro single autoral “Muda Tudo”, disponibilizado em 2019, até agora, percorreu um longo caminho para chegar em seu primeiro álbum, Porcelana, lançado na última sexta-feira (17).

O anúncio do disco veio em março, quando saiu o primeiro single “Te Procurei”. Com a música, a artista já deu uma pista do que vinha por aí. Na época, com muita sensibilidade, ela criou uma escultura de anjo para traduzir os sentimentos não só da composição, mas do projeto como um todo.

“A música pra mim tem forma e tem cor. Melodias podem ser pinceladas, rabiscos podem ser timbres, e vagando por aí tem infinitas músicas esperando para serem desenhadas, desvendadas. Pensando nisso, quis tentar elevar esse pensamento 2D: e se meu disco tivesse um símbolo, uma escultura?”, postou nas redes sociais.


Não é à toa que o trabalho ganhou o nome de Porcelana. Na capa, Elana, em trajes na cor branca, aparece cercada por utensílios do material. Metaforicamente, também expressa sua vulnerabilidade, evolução e transformações.

“Lançar meu primeiro álbum tem um significado tão grandioso pra mim. É o momento em que eu unifico minha arte, me posiciono musicalmente, me encaro e me traduzo. Acredito que o mais bonito disso tudo é ter ficado orgulhosa do resultado, e ter aproveitado o processo de uma forma profissional e pessoal. Porcelana é o processo de criação em que o barro, a matéria-prima, as ideias, quando moldadas, ganham vida, forma e propósito. O barro, depois de moldado, é levado ao fogo. Depois ele emerge do calor como porcelana - delicado, porém forte; belo, porém resiliente. Este processo reflete a jornada da criação do álbum. Cada nota, letra e acorde, foi esculpido, transformado e submetido ao calor da criação musical Fazer um disco é transformador”, explicou em comunicado.

Ao todo, Porcelana contém 11 faixas e explora diferentes sonoridades, como o pop, o rock e o rap. Logo na primeira faixa, o ouvinte já tem dimensão de tudo que a artista quer mostrar como profissional e, principalmente, como pessoa: “É que eu sou o barulho e também sou o silêncio. É que eu sou a chuva e também sou o vento. Eu sou o passado, presente, momento. É que eu sou de carne, osso e sentimento”, entoa em “Carne, Osso e Sentimento”.

Ao longo das canções, ela desabafa, sobretudo, sobre memórias antigas e relacionamentos que não deram certo. Mas não para por aí: em “Maria Chiquinha”, por exemplo, o assunto é uma festa estranha, abordada em detalhes e tom bem-humorado. Ao fim, termina simbolicamente com “Deixa a dor entrar…”, sabendo que todo sofrimento relatado é passageiro. Sem dúvida, vale o play!

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