Ariana Grande prova estar no auge de sua carreira em "Thank U, Next"


Obrigado pelo próximo, Ari. Essa é a primeira coisa que temos em mente ao ouvir o primeiro álbum da cantora. Em Thank U, Next temos uma Ariana Grande mais madura do que nunca, reerguendo seu nome no pop pós-recepção morna de Sweetener pelos fãs.

Sweetener foi um divisor de águas no direcionamento da carreira de Ariana, ditando uma postura mais séria e madura, entrando ainda numa sonoridade mais fiel ao seu gosto pessoal - como já pincelado por ela antigamente em “Knew Better”.

Aqui, neste novo disco, ela firma sua identidade musical com maestria, unificando todos os seus talentos numa obra coesa, sucinta e sem arestas. Por incrível que pareça, os dois singles principais são os menos interessantes da obra - “7 Rings” e “Thank U, Next” fazem sentido no contexto do álbum, mas não adicionam grandes surpresas à experiência.

É com “Imagine” que começamos, e não poderia ser de forma melhor. É uma amostra - completa - de tudo que ela pode fazer - e quando quer fazer. Dos alcances vocais aos sussurros, a versatilidade vocal de Ariana brilha numa faixa sensual e envolvente. As harmonias trazem um charme único, fazendo desta uma das melhores canções do histórico de Ariana Grande.


Partindo para “Needy”, os vocais ficam mais assertivos e ela sabe do que está falando: é a certeza e presença que tanto marca suas canções recentes com maestria. Nesta em particular, ela alterna entre os doces momentos de carência e os momentos de autoconfiança de sua persona. É o que “NASA” reafirma, com a cantora deixando claro sua maturidade e vivência ao declarar que precisa de espaço, num trocadilho infame porém fofo.

Dentre tantos auges dentro de um conjunto como este, “Bloodline” sem dúvidas entra no pódio. É divertida, irreverente, com pitadas de polêmicas e Ariana nos dando um ótimo momento. Num sample inteligente de Wendy Rene, “Fake Smile” é uma forma de trazer um tom mais obscuro quanto à temática sem dramatizar a sonorização. Pelo contrário, a canção é mais como um “foda-se”, sendo o novo hino de “I give zero fucks” da Ariana. Sassy as fuck.

Se “Imagine” e “Bloodline” ocupam o pódio de melhores do álbum, “Bad Idea” fecha o trio com perfeição. É uma faixa pop perfection, extremamente viciante, com produção excelente e vocais surpreendentes - até para Ariana. “Make Up” se assemelha ao que foi apresentado no álbum anterior, mas não chega a ser ruim. É fofa e divertida, mas nada que se destaque. “Ghostin” é uma triste declaração de um lado da história que sempre é visto como o vilão: o que ama “outro”. É uma carta de amor, angelicalmente cantada e harmonizada com violinos, sendo mais um ponto alto. A dor é sentida em cada arrepio.


“In My Head” já cria o clima “badass” que vem a seguir, mas aqui funciona perfeitamente. Os vocais surpreendem - de novo! - por irem cada vez mais alto e ter uma produção divertida e inesperada. É como se o material do Sweetener fosse melhorado, e esse seria o resultado. “Break Up With Girlfriend, I’m Bored” é bastante dinâmica e inesperada e mais chiclete que os singles anteriores - logo, a certeza é de hit. E dessa vez, com um single de excelente qualidade.

No geral, Thank U, Next veio para provar para aqueles que duvidaram da capacidade de Ariana com o Sweetener, que dividiu o público. Entre amantes o odiadores, Ariana tinha muito o que dizer com tantos acontecidos recentes em sua vida. E o resultado não poderia ser melhor: Ariana Grande no seu auge! Obrigado pelo próximo, Ariana!

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