Panic! At The Disco: encontros e desencontros de sua carreira que os fazem uma banda.


Desde 2004 até agora, são 14 anos de banda! Panic! At The Disco disparou no mundo rapidamente e muitas coisas aconteceram nessa longa vida deles. Preparamos uma matéria super especial sobre essa grande estrada, confira.

Foi lá em Las Vegas, no ano de 2004 que aconteceu a mágica. Ryan Ross ganhava uma guitarra enquanto Spencer Smith ganhava bateria. Com um tempinho, eles cansaram de fazer covers à la Blink-182. Então encontraram Brent Wilson e Brendon Urie, os chamando para o baixo e guitarra. Com umas apresentações e outras, ouviram a voz do Brendon e decidiram que ela merecia destaque, assim ele se tornou o vocalista de uma bandinha de garotos colegiais. Surgia Panic! At The Disco na casa da avó Spencer Smith e as primeiras músicas que em breve gerariam o primeiro álbum da banda, A Fever You Can’t Sweat Out. E lançando algumas músicas no MySpace eles conquistaram os olhos do baixista de Fall Out Boy, que os apresentou pela primeira vez a uma gravadora.
Nós nos achamos com a Decaydance e eles entenderam o que nós queríamos fazer como banda", explica Ryan. "Eles nos deram muita liberdade para fazer o que nos fazia feliz com a nossa música."
 
Em 2006, com o primeiro álbum provando que era uma banda um tanto quanto exótica, eles conseguiram logo um reconhecimento ("I Write Sins Not Tragedies" grita isso para a gente). Uma mistura de bateria elétrica e sintetizadores em uma parte, algo mais “clássico” e acústico pra segunda parte. Esse foi o preparo de A Fever You Can’t Sweat Out. Um álbum genuíno para o que eles queriam provar logo de cara: “somos diferentes e faremos um álbum diferente”. Contudo, foi o primeiro e último trabalho de Brent Wilson com baixista da banda. Em seguida, quem assumiu o posto foi Jon Walker. Que continuou até o segundo álbum, em 2008, Pretty. Odd. Um álbum cativante que misturava uma melancolia de rock antigo com as experimentações peculiares da banda. Infelizmente foi aí (2009) que pularam Ryan e Jon para fora da banda por discordarem dos rumos “mais pop” que Brendon queria tomar para a banda (há quem diga que Ryan tenha sido um caso amoroso de Brendon, eu honestamente shipparia isso). Chegavam agora Ian Crawford e Dallon Weekes como substitutos.


2011, o ano de Vices & Virtues, definitivamente um álbum memorável. “The Ballad Of Mona Lisa” estourou mundo afora. Aquela pegada de emo, pop punk pop rock... Um estilo que mudou a banda. Incrementar um pouco do pop ao “rock antigo” fez a banda evoluir muito musicalmente. Mas essa jogada de pop já chegou exagerada quando ouvimos Too Weird To Live, Too Rare To Die. Apesar de terem tido os sucessos como “This Is Gospel” e “Miss Jackson”, foi a partir desse álbum que pudemos concluir um pensamento um pouco engraçado: “pronto, agora só sobrou o Brendon, quando a banda acaba de vez?”. Tudo isso porque Spencer anunciava sua saída da banda oficialmente (em 2015), depois de não ter aparecido em vários dos shows da turnê de 2012 (o que mais pareceu, na verdade, era que ele também não estava de acordo com os novos caminhos da banda).



2016, o ano que parece ter recuperado o sucesso da banda. Death Of A Bachelor chegou para provar um novo encontro da banda (em todos os sentidos). O álbum foi um estouro de sucesso, tirando 25 da Adele e Purpose do Justin Bieber do #1! Apesar de uma banda só com Brendon de membro oficial (já que Dallon deixou a banda após 9 anos), eles souberam resgatar um pouco daquela essência dos primeiros anos com as experimentações pop que sempre quiseram. Agora com Brendon no vocal, Dan Pawlovich na bateria, Kenneth Harris na guitarra e Nicole Row - a mais nova integrante adicionada este ano. Saindo de Miley Cyrus a Panic! At The Disco. Bem-vinda aos emos, linda! - no baixo.



2017, um ano e tanto. Depois da turnê de sucesso que foi a do Death Of A Bachelor, a banda decidiu relançar o álbum com uma edição especial de lives - All My Friends, We're Glorious. Algo que traduz a intimidade que eles criam dentro de uma arena de shows. Brendon Urie dando um show de voz alternando seus graves e agudos (e gritinhos aleatórios durante as músicas) como sempre! Após a novidade, foi a hora da pausa para novas decisões da banda e, quando menos esperávamos, já tínhamos o anúncio da nova era.


2018, o que podemos esperar? De presente no mês de março, ganhamos dois singles da nova era - "Say Amen (Saturday Night)" e "(Fuck A) Silver Lining". Logo com isso recebemos a notícia do novo álbum, Pray For The Wicked, com lançamento previsto para 22 de junho deste ano.  Avaliando as novas músicas, podemos perceber que a evolução que apareceu em Death Of A Bachelor vai continuar no novo álbum! Deu para perceber o capricho da banda na composição e toda a jogada de voz de Brendon.


Eu poderia dizer que as mudanças de Panic! At The Disco foram como os cortes de cabelo do Brendon. Tudo começou legal e bonito, do nada mudou drasticamente e pareceu bem estranho. Mas, afinal, acabamos percebendo que podia melhorar, e realmente melhorou. Agora nos adaptamos com as novidades um tanto quanto surpreendentes. Vamos sentir saudades daqueles cabelos compridinhos de franja, mas também não vamos reclamar do novo corte estiloso - que o deixou ainda bonitão como sempre né... meu sonho de princesa.

O que podemos realmente esperar é que essa nova união (uma nova banda, eu diria) possa nos trazer muitas coisas boas e um show de evolução. Não teremos um Panic! At The Disco como do começo, nem como do ano anterior. Eles sempre vão aparecer diferentes e isso que os faz essenciais para o mundo da música - mostrar que mudar é necessário e pode ter seus altos e baixos, mas nunca uma desistência. Gostando quem tenha que gostar, eles sempre estarão em busca de um detalhe que os leve ao sucesso da maneira mais especial - talvez louca - possível.



Um ponto interessante são as teorias um pouco bizarras criadas entre os clipes deles. Há quem diga que Panic! At The Disco é satânico ou sei lá. Mas tudo começa com "I Write Sins, Not Tragedies" mostrando um cara expondo uma noiva traindo o marido em plena igreja, no dia do casamento. Depois vem "The Ballad Of Mona Lisa", onde a mesma igreja é retratada com a noiva tentando se vingar do cara que arruinou seu casamento, mas ela é presa. A história vai para "Let's Kill Tonight", que mostra ele indo para o hospital após quase ser morto pela noiva. "This Is Gospel" carrega a sequência mostrando que ele tenta resistir, mas morre no hospital. Em "Emperor's New Clothes" mostra que ele, depois de morrer, ia ser mandado para o céu, mas acaba no inferno e se transforma em um demônio e, depois, o próprio diabo. Por fim, a história termina em "LA Devotee", onde ele continuou sendo o cara mal e desta vez anda raptando e torturando crianças.



Nesses 14 anos de banda vimos idas e vindas de integrantes e eras. Tivemos ótimas músicas e músicas péssimas também e muita história na bagagem. Mas agora nessa comemoração de quase uma década e meia da banda e desse novo álbum que está chegando (e parece que vai ser um sucesso) só queremos aproveitar muito o que a banda tem a oferecer. E, apesar de o álbum nem ter chegado ainda, eles já estão com a nova formação em turnê pelos Estados Unidos durante metade deste ano. Novas datas estão chegando em breve e o Brasil tá sentindo muita saudade... Esperamos que dessa vez eles retornem para gritarmos junto com  o Brendon.




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