10 motivos para você parar o que está fazendo e ouvir o “Bloom”, de Troye Sivan


Em época de vacas magras, quando os lançamentos são poucos e geralmente fracos, chega o menino Troye Sivan para reviver as esperanças dos fãs da música pop, com um álbum forte, conciso e cheio de energia. Listamos dez simples motivos para você desabrochar com “Bloom”, que definitivamente já se configura como um dos melhores álbuns do ano.

Todo artista que consegue atingir um sucesso mundial logo em seu primeiro trabalho acaba carregando o peso da alta expectativa do público em torno de seu álbum sucessor; manter o mesmo nível de qualidade e continuar cativando seus fãs não é uma tarefa fácil, mas Troye se saiu muito bem e “Bloom” tem tudo que se espera de um digno álbum pop. O conceito é claro: o menino de “Blue Neighbourhood” amadureceu, desabrochou e está seguro de si, se permitindo finalmente ser feliz e se aventurar em um bom relacionamento. Toda essa confiança transparece pela honestidade nas letras: revelam suas experiências de vida como homem gay, promovendo muita representatividade LGBTQ+ para uma geração mais nova que precisa exatamente disso. E se você ainda não deu uma chance ao cantor, aqui estão 10 razões para fazê-lo.

1. Seventeen
Você sabe que o álbum vai ser bom quando ele se inicia com uma faixa como essa. Talvez a melhor entre todas, “Seventeen” cativa desde a primeira ouvida, quando os versos da baladinha vão preparando o terreno com calma e de repente o refrão explode e te dá vontade de viver intensamente – sério, a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi cantar e dançar na chuva, rs. A letra fala sobre a inocência de se ter dezessete anos e estar descobrindo sua sexualidade, e em seu caso com um cara mais velho com quem perdeu sua virgindade. Apesar de o assunto soar polêmico, há muita sensibilidade na música toda, e Troye dá um passo a frente ao se abrir sobre algo que é tão comum na comunidade.

2. My My My!
Na maior temática Lana Del Rey e seu “Lust For Life”, Troye celebra em “My My My!” como é extremamente prazeroso estar com alguém que gosta; que te faz querer viver todos os dias e ser feliz dentro do próprio corpo. É sobre ser livre, leve e apaixonado, e em suas próprias palavras, “uma exclamação de amor e de prazer”. É interessante como o cantor saiu de sua zona de conforto e encontrou uma maneira de fazer uma música mais agitada sem abandonar seu estilo, ainda conversando com seu público mais antigo e trazendo outros novos.


3. The Good Side
Em um de seus mais vulneráveis momentos do álbum, Troye se abre lindamente sobre um antigo relacionamento que não deu certo. “The Good Side” é extremamente próxima e sincera, e revela um amadurecimento do cantor que pouquíssimas pessoas têm. Apesar da maior parte da música ser voz e violão, são utilizados também beats mais puxados para o lado fantástico e fazem toda a diferença para dar o charme e se unificar ao resto do álbum. A faixa traz bastante do que foi o “Blue Neighbourhood” e isso é muito bacana.

4. Bloom
A faixa título do álbum é um compilado de tudo o que o álbum é em essência e representa esse novo Troye, essa nova era e esse novo som. “Bloom” traz uma personalidade mais decidida do cantor, onde ele aceita plenamente quem é e o que quer, não somente no campo amoroso, mas em todas as áreas da vida. A produção da música está de parabéns aqui e mostra que definitivamente os anos 80 vieram pra ficar.

5. Postcard (feat. Gordi)
O álbum dá novamente uma boa acalmada e somos presenteados com uma baladinha no piano muito gostosa, com a participação de Gordi, sua amiga conterrânea. As vozes dos dois são muito parecidas no tom e o resultado final é muito bonito. Troye conta em “Postcard” uma história de seu atual namoro, quando descobriu que seu parceiro não era perfeito e tinha seus defeitos, mas que estava tudo bem, pois no fim das contas o amor que eles têm ainda é certo.

6. Dance To This (feat. Ariana Grande)
Eu nâo sabia que precisava tanto desse feat até ouvir a música. A temática volta para muito do que já foi falado nas faixas anteriores, mas a dupla funciona tão bem e a química é tão boa que fica impossível não aproveita-la como um dos pontos mais altos do álbum. Agrada tanto os fãs do cantor como os de Ariana, que tiveram que se contentar com a miséria do “Sweetener”. Ambos representam a cara da nova geração de cantores pop e gostaria de vê-los juntos mais vezes. “Dance To This” é pop perfection.


7. Plum
“Plum” é uma daquelas músicas que falam sobre coisas tristes embaladas por um som bem animado que te deixam naquele estado “dançando com a mão na consciência”. A produção da música é bem revigorante: um uso diferente do auto-tune nos vocais e uma roupagem mais moderna para um som vintage, brincando até com elementos do trap. Tem muito potencial para single e adoraria ver um clipe que brinca exatamente com essa dualidade de emoções presentes na música e com a metáfora da fruta bem “Call Me By Your Name”.

8. What A Heavenly Way To Die
A primeira vista modesta, a cada vez que é ouvida, “What A Heavenly Way To Die” desperta mais e mais apego. Mais uma vez Troye traz muito do “Blue Neighbourhood” para a faixa, tanto liricamente falando quanto em melodia. O cantor declara todo o seu amor de forma muito bonita, ainda que batida, com beats inspiradores.

9. Lucky Strike
Essa briga diretamente com “Seventeen” para ser a minha favorita. Que melodia! É assim que um mid-tempo synthpop deve ser. De volta com as metáforas, Troye compara o boy com o ato de fumar um cigarro e como isso se torna viciante e relaxante ao mesmo tempo. É daquelas queridinhas do álbum que a gente sabe que não terão justiça suficiente por não virarem single.


10. Animal
Encerrando a jornada com a qualidade ainda muito alta, “Animal” se revela como uma das melhores composições da sua discografia. É uma faixa grower: começa bem modesta e vai crescendo durante seus cinco minutos de duração, com novos instrumentais a cada minuto e um refrão que explode da mesma forma que em “Seventeen”. Destaque para as batidinhas muito “Stranger Things”. Ela é sincera, delicada e potente, e encerra esse capítulo da era mantendo o interesse do ouvinte por mais material.

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