Dono de uma simpatia incomparável, Vitor Kley lançou nessa quinta-feira (18) seu quarto album intitulado de A Bolha. Composto por doze canções, o disco é sucessor de Adrenalizou (2018), o novo álbum de Vitor vai do pop ao rock, com leveza e segurança – algo que diferencia o cantor. Aproveitando este grande projeto, o cantor conversou com a gente sobre o conceito do disco, além de revelar outros detalhes exclusivos sobre o processo criativo e planos para o futuro.
Produzido e dirigido por Rick Bonadio, com participação de Renato Patriarca, A Bolha marca um momento ainda mais maduro de Vitor Kley, que ganhou nosso coração em 2018 com o hit "O Sol". O projeto é um resultado de evolução que o cantor passou nesses últimos anos. Ele conta que a primeira faixa do disco escrita foi "Retina", ainda em 2016 e que todas as canções foram escritas ao longo de quatro anos.
Produzido e dirigido por Rick Bonadio, com participação de Renato Patriarca, A Bolha marca um momento ainda mais maduro de Vitor Kley, que ganhou nosso coração em 2018 com o hit "O Sol". O projeto é um resultado de evolução que o cantor passou nesses últimos anos. Ele conta que a primeira faixa do disco escrita foi "Retina", ainda em 2016 e que todas as canções foram escritas ao longo de quatro anos.
Confira e entrevista na íntegra:
KT: Primeiro, muito obrigada por essa entrevista e parabéns pelo novo álbum. A gente ouviu e está incrível. Como está se sentindo com esse lançamento finalmente chegando ao mundo? E como você espera que o público o receba nesse período de isolamento?
VK: Eu tô felizão que vocês gostaram do album, obrigado mesmo! “A Bolha” é muito louco porque ao mesmo tempo o album, é muito o Vitor mais também é muito diversificado, os arranjos e a musicalidade dele. Eu e o Rick caímos muito em cima desse album, musicalmente falando e a gente viveu ele assim muito 100%. As músicas fizemos muito o que a gente curte, sabe?
Tem também o veneno do rock ali, além de algumas músicas que são um pouco o R&B e pop ali no início, que são umas músicas mais de rádio por mais que seja uma coisa assim da minha realidade também, sabe? Eu tô muito feliz porque eu acho que os fãs vão amar muito esse álbum, por representar o que eu gosto e o que minha familia me ensinou a ouvir desde quando eu era moleque. Eu acho que as letras também estão mais maduras. Tu pega “Vai na Fé”, “Dúvida”, “Ponto de Paz”, são musicas que tem muito a real, letras que falam da minha história e eu acho que os fãs vão amar isso, porque eles vão poder se sentir do meu lado ouvindo esse album.
KT: Quais foram os maiores desafios e o que mais se sente orgulho desse projeto?
VK: Eu acho que o maior desafio é controlar a certeza e a dúvida ao mesmo tempo sabe? Porque eu vejo que quando se faz um álbum, tu fica feliz pra caramba e com muita certeza de que é isso, daí do nada tu fica com uma dúvida, tipo "PUTZ será que eles vão entender isso? Será que eles vão entender aquilo?". Mais daí do nada tu volta e fala "não, tem que ser isso". Durante esses meses que a gente ficou produzindo, tivemos essa certeza e dúvida o tempo inteiro. Até que, cara, tu chega num ponto que, graças a Deus, foi o ponto que a gente chegou, e eu não mudaria uma virgula.
E o que eu tenho mais orgulho acho que é a conexão entre tudo, sabe? desde a cor, até os arranjos que a gente fez junto ali, eu acho que tudo se conecta. Eu olho a capa, eu escuto as musicas e eu penso: "putz, é perfeito". Essa capa era pra ser desse álbum mesmo, é perfeito o que eu quis passar de estar ali dentro da bolha, de como tudo começou, a minha historia e até a seleção das musicas. Por exemplo, “Retina” é uma música que eu fiz em 2016, na mesma época que eu fiz “O Sol”, e eu fiz ela na bolha mesmo, lá no meu quartinho em Balneário Camboriú na casa dos meus pais e são musicas que estão nesse álbum. E que antes faziam parte do meu quarto na bolha e hoje ultrapassaram a barreira do “Sol” e tão no album.
KT: Vi que você aderiu também ao roxo para o conceito estético do álbum. Como funcionou essa escolha, teve algum motivo pela cor?
VK: O lance do roxo, eu sonhei com a cor, tá ligado? Sonhei um dia que o meu próximo trabalho tinha que ser roxo e isso já faz mais de ano. E aí quando eu estava falando com o Rick sobre gravar um álbum, eu falei: “cara eu não sei como vai ser mais a capa tem que ser com fundo roxo, eu sonhei e tem que ser". Parece que tudo que eu vejo é roxo e daí no ano passado a gente foi tocar no réveillon e aqueles gurus que falam como vai ser o proximo ano, disse que a cor de 2020 ia ser lilás o roxo. Eu fiquei sem acreditar, porque a gente estava fazendo um álbum que eu sonhei e que o bagulho é roxo, e cara tudo foi tudo se conectando. Eu não sei da onde que me veio essa pira porque, por exemplo, eu tô falando agora contigo e tô usando roxo e agora no meu armário eu tenho uma parte que e só roupa roxa. [risos]
KT: Você trouxe para esse disco a participação do Vitão e o Jão. Como surgiram essas parcerias?
VK: O Vitão, foi quando eu escrevi “Jacarandá” com um amigo meu lá em Santa Catarina. Na hora eu já falei “meu o Vitão tem que cantar isso aqui porque é a cara dele, eu vejo ele cantando”. Daí, quando eu estava fazendo a seleção das musicas com o Rick, eu falei que precisava chamar o Vitao pra participar. Eu chamei e ele ja topou na hora.
E falando do Jão, a gente sempre se encontrava em aeroporto, em festival e nas rodas de violão com a Ana, a Vi e o Pedro. A gente estava sempre junto e começamos a ficar muito amigos, a gente sempre fazia programa de televisão junto e a gente sempre falava em gravar, então quando eu comecei a escrever “Dúvida”, ela tem um q de sofrimento né? Daí eu lembrei dele pra caramba. Pensei: "O Jão cantando aqui com aquela voz maravilhosa, ia ser tão lindo", e aí eu chamei ele pra cantar. A “Dúvida” foi um desafio muito louco porque é uma musica bem classuda, ela vai um pouco pra MPB, digamos que é assim um pouco mais complexa e eu fiquei tão feliz que ele gostou e quis cantar, porque eu acho que ficou lindo o sentimento que ele colocou na musica.
E falando do Jão, a gente sempre se encontrava em aeroporto, em festival e nas rodas de violão com a Ana, a Vi e o Pedro. A gente estava sempre junto e começamos a ficar muito amigos, a gente sempre fazia programa de televisão junto e a gente sempre falava em gravar, então quando eu comecei a escrever “Dúvida”, ela tem um q de sofrimento né? Daí eu lembrei dele pra caramba. Pensei: "O Jão cantando aqui com aquela voz maravilhosa, ia ser tão lindo", e aí eu chamei ele pra cantar. A “Dúvida” foi um desafio muito louco porque é uma musica bem classuda, ela vai um pouco pra MPB, digamos que é assim um pouco mais complexa e eu fiquei tão feliz que ele gostou e quis cantar, porque eu acho que ficou lindo o sentimento que ele colocou na musica.
KT: Conta pra gente uma curiosidade que poucas pessoas sabem sobre o álbum?
VK: Tem várias, na real. Uma delas é que a gente quase deixou de lançar o álbum, porque tava tudo pronto e a gente estava na esperança de que o mundo fosse continuar normal. A gente chegou a desanimar, mas aí paramos e pensamos: "vamos lá, essa é uma forma que a gente tem de fazer as pessoas um pouco mais felizes nesse momento". Outra curiosidade é que uma das musicas que o Rick não queria colocar no album foi “Dúvida”, sabia? E essa é uma das minhas músicas favoritas. Ela quase não entrou porque o Rick achava que as harmonias eram muito loucas e tal. Ele chegou a querer mudar um dos acordes da musica só que era um acorde que eu achava o mais especial da música e pra mim se não tivesse esse acorde não teria graça. Daí no fim, eu consegui convencer ele. A gente gravou e hoje acho que é uma das canções favoritas dele também.
KT: Vi que você também está na onda de lives né? Como vê a importância das lives neste período? E como tem sido o contato com o seu público?
VK: Eu acho que o lance das lives é muito incrível, porque tá todo mundo se reinventando, e as lives deixam a gente mais próximo das pessoas. Agora não tá tendo shows, então a gente pode entrar na casa das pessoas de alguma forma e levar um pouquinho de música, de alegria pra elas. Eu acho muito importante o papel das lives nesse momento, porque além de levar coisas positivas, também podemos ajudar as pessoas que precisam, e eu acho muito legal esse papel da live, de poder doar e ajudar muitas pessoas. Porque pra gente que tá aqui já ta um pouco complicado, então imagina pra quem já estava precisando antes.
KT: Apesar de estarmos vivendo um momento complicado para a indústria musical devido à pandemia. Tu tens algum plano para uma futura turnê e também internacionalmente? Vai voltar a Portugal? O que podemos esperar?
VK: Sim, Portugal nos abraçou de uma forma muito incrível e a gente ta doido pra voltar pra lá. Eu tenho minha namorada lá, então assim que der eu vou pra lá pra ao menos ver ela. Mas assim, a gente continua com os planos de turnê quando tudo voltar ao normal. Eu já tinha a turnê da Bolha engatilhada, já estava tudo certo, o mapeamento das cidades, dos estados e também da turnê lá em Portugal, mas infelizmente a pandemia veio e travou tudo. Mas assim que as coisas começarem a melhorar a gente quer voltar com essa ação, a gente quer fazer a turnê do jeito que a gente imaginou, tudo roxo e com todas as músicas do álbum. A gente estava ate com um Meet&Great social engatilhado, porque a gente quer fazer algo que possa ajudar algumas instituições e pessoas que estão precisando. O planejamento estava todo pronto, a gente teve que segurar tudo. Mas é bem isso, a gente está esperando tudo passar pra poder continuar levando alegria para as pessoas e poder estar perto do publico que a gente ama.
KT: Gostaria de mandar um recado para os teus fãs e leitores da Keeping Track?
VK: Poxa, queria mesmo, primeiramente agradecer a vocês, valeu mesmo por ligar, valeu pela preocupação, por ouvir as músicas. Eu quero dizer para os fãs que eu espero que esse álbum possa me levar pra perto deles agora, porque antes tinha muita gente que ia pro show, viajava e tal e eu agradeço muito. Então, a gente tá lançando esse album pra estar perto deles de alguma forma e tentando ser o mais verdadeiro possível sabe? Espero que eles escutem o álbum, se sintam dentro dessa bolha junto com a gente e que possam ate me sentir ali do lado deles, sabe? Eu tô com eles e faço isso por eles, pelas pessoas que gostam e que recebem a mensagem dessa forma, com o coração aberto. A gente faz música pra fazer bem, pra passar coisas boas pro mundo. Então, agora, mais do que nunca, a gente vai continuar batalhando por isso. Muito obrigado!
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