A chamada noturna de Olly Alexander com o Years & Years em "Night Call"

Após a saída dos membros do Years & Years, deixando apenas o vocalista Olly Alexander - o que deixou muitos fãs curiosos sobre o que viria após - o que ninguém imaginava era que, na verdade, se superou completamente - “Night Call”, disco que nos apresenta o trabalho solo de Olly, traz uma vibe ainda mais contagiante que os trabalhos anteriores e flerta com um som oitentista/eletrônico celebrante.

O disco já começa com o astral no alto: de “Consequences”, “Starstruck” e “Night Call”, é impossível ficar parado. Com fortes graves, versos inteligentes e melodias contagiosas, você logo entra no universo de Olly. “Intimacy” diminui só um pouco o ritmo, trazendo uma semi balada sentimental, mas ainda discretamente animada - no entanto, isso é um prelúdio para o ritmo acelerar novamente na empolgante “Crave”, que traz um eletrônico mais experimental, quase que como uma mistura de seus últimos dois álbuns.


Continuamos em “Sweet Talker”, parceria com Galantis, que serviu de novo single do álbum. Ainda na vibe eletrônica, entramos no pop/eletro que é marca registrada da parceria. Ainda que fazendo parcerias, seguimos o disco inteiro com extrema coesão e coerência - no mesmo tempo que qualquer música pareça com um hit. “Sooner Or Later” traz um som mais pesado, inspirado no deep house, muito popular na Europa. É como se o pop e o deep house colidissem.


O clima muda com “20 Minutes”, uma canção alegre, divertida, feliz, viciante como uma boa música pop é. Logo, tudo se desacelera com “Strange And Unusual”, uma canção sensual que traz um ritmo mais misterioso e criativo que valoriza a voz de Olly e brinca com várias camadas. Diminuindo um pouco mais, chegamos em “Make It Out Alive”, uma linda baladinha que flerta com o pop do início dos anos 2000, com uma melodia encantadora. O ambiente logo muda para graves pesados em “See You Again”, numa batida contagiante, trazendo de volta a diversão das primeiras faixas do disco.

“Immaculate” é curiosamente experimental e extremamente pop também, trazendo um potencial hit para Olly. A sonoridade muda discretamente, para um pop divertido como em “20 Minutes”. “Muscle” é uma mistura das duas anteriores - graves fortes, porém numa sonoridade pop sensual. “Reflection” finaliza o álbum com uma síntese de todas as canções do álbum - todos os elementos positivos das canções anteriores estão presentes aqui, tornando-a a forma perfeita de encerrar essa jornada.

Olly Alexander compôs todas as canções do álbum - o que só o deixa mais incrível. Melodias que não saem da cabeça, sonoridades pulsantes… o que você precisar, encontrará nesse álbum. “Night Call” é um universo, e é uma experiência imersiva que pode causar extrema satisfação - e muita dança.

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