Mari Azevedo também conhecida pelo nome artístico de Mar.iana é uma grande aposta para o cenário da música nacional. Recentemente, ela lançou seu disco de estreia “AMAR” e compartilhou seus sentimentos mais sinceros e puros de uma forma leve e descontraída. O Keeping Track conversou com a cantora sobre todo o processo do álbum, feats com Big Up e Nanno, música feita por Nando Reis e muito mais!
Vem conferir:
KT: Queria começar falando um pouquinho sobre a construção do seu novo álbum “AMAR”. Como seu disco de estreia, ele é tudo o que você imaginava? Como foi o processo de criação dele?
Mar.iana: Como meu disco de estreia, meu primeiro, ele realmente é tudo que eu sempre imaginei. Ele, na verdade, até me surpreendeu em muitos quesitos assim. Eu nunca pensei que eu ia ter um álbum tão eu, tão verdadeiro assim do início ao fim. Não tem nenhuma música que eu tenha dúvida de alguma coisa, todas são 100% eu, o que eu acredito, o que eu vivi nos meus últimos anos, então são experiências pessoais, são sentimentos reais. O projeto mais lindo que eu já fiz até hoje.
Se uma pessoa ouve o álbum inteiro, eu costumo dizer que ela me conhece inteira porque é a minha versão. Inclusive cheguei aqui, nesse lugar hoje na versão da mulher que eu mais me orgulho na minha vida. Então, quem ouve o álbum inteiro eu ouso dizer que conhece uma Mariana toda.
KT: Você disse que esse álbum é 100% você, a mais verdadeira e sincera. Qual é a sua música favorita nesse novo disco? Aquela que você escreveu e pensou que mais te representa no momento.
Mar.iana: É muito difícil saber qual é a minha música favorita, porque realmente não tem. Eu tenho muitas músicas favoritas, é realmente impossível responder essa pergunta, mas eu acho que se eu puder dizer duas músicas que do início ao fim simbolizam a vida que eu acredito, que eu quero levar hoje, a vida que assim eu prezo todos os dias e que eu agradeço todos os dias, eu digo que é “Vida Leve” e “Vista pro Mar”.
São as duas músicas que não falam necessariamente de um amor, de uma pessoa, elas falam sobre mim, sobre a minha vida, elas falam sobre a vida leve e como é uma vida que eu acredito que seja melhor pra se viver, que não é fácil, mas se eu pudesse colocar duas músicas assim, que é quase que um manual de como eu acredito que uma pessoa deve viver pra ser mais feliz, eu colocaria essas duas.
KT: E quais são as músicas que você acha que os fãs vão se identificar mais?
Mar.iana: Ai é difícil dizer, porque é muito recente o álbum, ainda estou tendo muitos feedbacks, às vezes muda, às vezes tem uma música ali que está indo mais e outra não. Mas até agora a música que eu tive um retorno maior, também por ser um feat, o retorno foi muito bom nas plataformas de música, nas plataformas digitais, é uma música que todo show que eu canto, eu não espero e todo mundo está sabendo cantar que é “Vida Leve”, ela tem uma vibe indescritível desde o início, quando você põe play na música eu acredito que ela já vem trazendo um sentimento diferenciado.
KT: Abrir o coração e expor os nossos sentimentos e experiências da vida as vezes é difícil. Como você lida com isso atualmente?
Mar.iana: Eu aprendi a lidar com isso de uma forma muito natural. Eu acho que como artista pra eu chegar nas pessoas de uma forma inteira, eu preciso ser verdadeira e se eu não abrir meus sentimentos pra isso eu não vou chegar nas pessoas da forma que eu quero, que é da forma mais verdadeira possível. Porque se for uma coisa ali superficial, as pessoas até podem se identificar comigo por um breve momento, mas isso não continua, então o elo pra ser longo ele tem que ser verdadeiro e pra ser verdadeiro eu preciso ser verdadeira porque as pessoas sentem. E independente de estar do outro lado de um telefone, o que é real chega de verdade no coração dos outros.
KT: As parcerias com o Nanno em “Pra onde vai o amor” e com o Big Up em “Vida leve” são dois extremos, enquanto um é mais emotivo, o outro é mais suave, feliz. Conta um pouquinho pra gente como foi essa parceria com eles.
Mar.iana: Realmente são extremos. “Vida Leve” era uma música que eu ia lançar sozinha até eu ir num show da Big Up um dia e eu me impressionar com a vibe dos meninos, eles são assim fora do normal, eles são incríveis. Quando eu ouvi o show, eu falei: “Meu Deus esses caras, preciso deles numa música comigo” e quando eu vi “Vida Leve” ali, já estava gravada, eu mostrei, eles se identificaram em questão de segundos nem hesitaram.
E o Nanno, não tinha como ele não fazer parte dessa música, ele foi um dos autores da música. Então ele já tem a música como dele, que isso é algo muito importante pra mim. Ele fez um trabalho maravilhoso. Eu costumo dizer que não adianta uma pessoa de números, uma pessoa ser grande no mercado, talvez claro que não necessariamente isso aconteceria, mas talvez ela não traria a música tanto como dela, a pessoa tem que acreditar na música. O Big Up acreditou desde o primeiro segundo e eles levaram a música como deles e isso faz toda a diferença num feat.
Então ambos os feats foram muito importantes pra mim, independente deles serem bem diferentes musicalmente, ainda sim no final de tudo fala sobre amor. Amor pela vida pelo outro, por nós, então nossa foram feats muito importantes pra minha vida, eu tô muito feliz de ter eles no meu projeto.
KT: E por falar nisso, “Passarinho” foi uma música que você ganhou de presente do Nando Reis, mas que tem muito da sua identidade também. Como foi receber esse presente dele? Pode contar um pouquinho dessa história?
Mar.iana: Sobre “Passarinho” do Nando Reis é algo assim muito difícil de conseguir explicar, porque eu realmente não imaginei que teria no meu primeiro projeto, assim, não que eu não acreditasse no meu trabalho, mas no primeiro projeto, é algo muito simbólico. Ter uma música feita por um artista tão grandioso quanto o Nando Reis que eu fico pensando, como é que o Nando Reis tirou um tempo da vida dele pra escrever uma música pra mim, isso é muito louco.
Saber que isso aconteceu de fato e é uma música que fala sobre uma letra tão simbólica de alguém que necessariamente não me conhece, que fala sobre um passarinho livre pra voar, que deixa o ninho pra voar longe, isso pra mim como artista, pessoalmente também falando, me faz acreditar muito mais em mim, porque se através de uma tela de um telefone eu trouxe essa experiência pro Nando Reis escrever isso pra mim então isso realmente está dentro de mim. É algo muito importante, quase que uma virada de chave na minha carreira. É um marco muito grande.
KT: Quais são as maiores diferenças da Mar.iana da música “Cheiro de Café” pra Mar.iana do álbum “AMAR”?
Mar.iana: a Mariana da música “Cheiro de Café” ela ainda é a Mari Azevedo que eu usei durante muito tempo, meu sobrenome, principalmente por eu ser atriz minha vida inteira né? E precisar de um sobrenome, mas essa Maria Azevedo ela ainda está aqui.
Não posso dizer que não, mas ela foi a menina antes de aprender tudo que eu aprendi pra me tornar Mariana. Todo o meu álbum é pós o que eu vivi em “Cheiro de café”. “Cheiro de café” foi um amor muito bonito, muito conturbado ao mesmo tempo, que me fez ver exatamente o que eu quero e o que eu não quero dentro de um amor, tanto no meu amor próprio quanto com outra pessoa. Então, a música foi o start pra eu aprender tudo pra chegar na Mariana do álbum "AMAR", que é essa mulher que eu sou hoje, a mulher que eu mais me orgulho. Então eu não trocaria nada, na verdade, eu faria tudo de novo pra chegar aqui, porque valeu a pena.
KT: Pra finalizar Mari, o que podemos esperar de você para o ano de 2023? Quais são seus planos?
Mar.iana: Acho que o que eu mais quero fazer agora é tocar por aí, levar a energia da minha música pra as pessoas. Eu costumo dizer que tem um show que eu amo que é o do Armandinho e que quando eu saio do show dele que é minha maior referência assim, eu estou com uma sensação de leveza, uma sensação tranquila. Eu volto pra casa feliz.
E é essa sensação que eu estou trabalhando muito agora com a minha banda, com meu show pra levar pra galera. Eu quero muito conhecer todo mundo, levar minha música para as pessoas me conhecerem. Levar a Mariana para as pessoas conhecerem. Então se tem algo que eu quero fazer agora, continuar treinando e em breve, se Deus quiser, ter muitas datas por aí pra conhecer todo mundo.
Vale a pena dar o play no álbum "AMAR"!
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