Sum 41 dá adeus com último álbum "Heaven :x: Hell"

Em maio do ano passado, o Sum 41 anunciou o término da banda após 27 anos de carreira. Para finalizar um ciclo tão grandioso, os artistas prometeram o lançamento de um álbum de despedida, como também de uma última turnê mundial - que segue até 2025, com América do Norte já confirmada. Assim, saiu nesta sexta-feira (29) o disco Heaven :x: Hell, responsável por encerrar uma trajetória cheia de camadas e altos no rock.

Como mostra o título, o projeto é dividido em duas partes. Enquanto "Heaven" traz faixas pop-punk, "Hell" explora uma sonoridade mais voltada ao heavy metal e, por consequência, mais pesada.

Tudo começou quando, em março de 2022, o vocalista Deryck Whibley revelou a existência do projeto. À época, para a Rolling Stone, forneceu detalhes a respeito do conceito, segundo publicado pelo veículo:

"A primeira parte do álbum, chamada 'Heaven', remete à nostalgia atual em torno do pop-punk. A segunda parte, mais pesada e chamada 'Hell', apresenta faixas orientadas ao metal mais próximas do som recente da banda. Whibley explicou que algumas das músicas mais pesadas vêm com raiva de pessoas que o roubaram e o machucaram no passado, citando como inspirações relacionamentos ruins, amizades e até mesmo um ex-empresário."

Já para o The Jasta Show, em abril do ano passado, o líder descreveu o conjunto como "uma espécie de homenagem ao Black Sabbath". Isso porque os veteranos possuem um álbum de mesmo nome, disponibilizado em 1980.

De fato, há uma dualidade presente no Heaven :x: Hell. Soa quase como uma mistura de "All Killer No Filler (2001)" e "Chuck" (2004). Não é à toa que os próprios músicos reconhecem a magnitude do trabalho, conforme expuseram em entrevista à Billboard.

"O título não representa apenas o som mais pesado e mais leve do disco – para nós, nossa carreira inteira foi assim. Foram altos e baixos extremos e a única maneira de você permanecer nisso é se você ama o que está fazendo. O álbum duplo foi muito foi por acaso. Assim que entramos em lockdown, comecei a receber ligações de gravadoras, empresários e artistas perguntando se eu escreveria algumas músicas para eles e todo mundo estava pedindo algo pop-punk. E não fazemos pop-punk há muito tempo, há uns 16 anos. Escrevi umas sete ou oito músicas e, quando as ouvi, percebi que realmente gostava delas e não queria entregá-las", comentou Deryck.

Ao todo, são 20 faixas, que incluem o single "Landmines", primeira prévia disponibilizada ao público em outubro do ano passado, e "Paint It Black", um cover dos Rolling Stones. Mike Green, junto de Whibley, ficou encarregado da produção.