Confira o que rolou no nosso Lollapalooza de 2017!


Após uma edição incrivelmente memorável em 2016, o fim de semana mais importante para os amantes da música volta ao Brasil no ano seguinte com mais força do que nunca, tendo seu maior público em seis anos, ainda com a onda de decepções que despertou uma galera ávida por nomes de maior porte. Eclético e eficiente em sua proposta, o Lollapalooza continua sendo uma forma de entretenimento garantida para qualquer um que queira ter uma experiência de festival. Após difíceis escolhas e sacrifícios musicais a serem feitas por nós, confira nossa cobertura dos shows que mais gostamos do Lolla 2017!

Cage The Elephant (por Gabriel Bonani)

Os veteranos do Lollapalooza vieram pra detonar tudo no sábado, no Palco Skol. Diante de diversos fãs do Metallica e da própria banda, o grupo levou todo mundo à loucura sem exceção. Com uma presença de palco que eu nunca tinha visto igual, todos os membros da banda interagiram muito com a plateia, usando bastante o espaço do show, indo até muitas vezes para a plateia. Logo no começo, o guitarrista Brad Schultz já rondava pela área pit em busca de fãs eufóricos para se jogar em cima em quanto tocava seu instrumento, e por sorte, eu consegui ser um desses sortudos que viu eles de pertinho quando se aproximavam da galera. Com muito profissionalismo também, o vocalista Matt Schultz corria por todo o lado, fazendo caras e bocas, com um gingado que não é desse mundo. Além disso, ele se mostrou muito profissional mesmo se machucando nas costas com o tanto de arranhões que levou.

No geral, foi um show fenomenal, do começo ao fim. Muitas bandas de rock acham que é só tocar um bom som e pronto, porém Cage The Elephant elevou o nível performático de tal forma que, sinceramente, não tem pra ninguém, e afirmo, com todas as letras, que o set dos caras acabou sendo o mais intenso dessa edição do festival. Não há energia que chegue no mesmo patamar que a proporcionada no show deles. Eles são uma banda que não vou querer perder nunca nas próximas tours no país.

Catfish and the Bottlemen (por Gabriel Bonani)

Eu sou fã declarado da banda britânica, mas mesmo assim me surpreendi com a quantidade boa de seguidores fieis que Catfish and the Bottlemen levou pro Palco Ônix no domingo. No meio de fãs jovens do The Weeknd e fãs mais velhos do Duran Duran, a banda agradou todas as idades com muita simpatia e um indie rock bem melódico e agradável, do tipo que fazia todo mundo pular junto durante todo o show. Não houve nenhum momento em que a energia da apresentação caísse e eu não poderia estar tão orgulhoso. Assim como muitos outros, Van McCann – vocalista da banda – não pode conter o amor pelo Brasil e expôs a bandeira do nosso país, enquanto desfilava com o sorriso mais espontâneo e genuíno estampado no rosto. Seria arriscado dizer que foi um dos maiores destaques, mas com certeza a banda ganhou uma boa quantidade de fãs nesse festival.

Silversun Pickups (por Gabriel Bonani)

Mesmo não sendo a mais conhecida do lineup, Silversun Pickups conquistou todos que se encontravam no Palco Ax. O efeito que a banda teve sobre o público foi surpreendentemente bom, talvez pelo som suave e guitarras contínuas que agitavam a galera naquela tarde de domingo. E para ser bem sincero, não havia como não se apaixonar pelo ritmo diferente e lúdico do grupo, que guiado pela voz de Brian Aubert, ganhou vida por si só, como uma borboleta saindo do casulo. O vocalista, junto à baixista Nikki esbanjaram simpatia, arriscando algumas palavrinhas em português e tudo mais. Era nítido o quanto eles estavam feliz por estarem tocando naquele lugar para o público brasileiro. Definitivamente, o prêmio “Fofos do Ano” tem que ir para Silversun Pickups, equivalente com o Of Monsters And Men no ano passado.

The Chainsmokers x Borgore x Martin Garrix (por Peterson Augusto)

Depois de assistir ao Jack Ü no Lolla de 2016, a expectativa era alta pra conferir os grandes nomes da música eletrônica do lineup de 2017. E talvez por isso a decepção tenha sido bem grande. Ou não, talvez ninguém realmente chegue aos pés de Diplo e Skrillex mesmo. Dos três, o menos conhecido deles, Borgore, foi o que fez o melhor show, com um set bem trabalhado ao vivo e cheio de hits classicos e atuais, do pop ao alternativo, cheios de trap e edm. Já com os outros dois, senti um piloto automático descarado na setlist, principalmente no Martin Garrix. Como uma amiga comentou, eles botaram um pendrive lá e confiaram na animação de um público fiel do eletrônico, que curtiria de qualquer forma. Quem queria ser surpreendido, como eu, passou vontade. No fim, deveria ter assistido Flume, que só pelo pouco que vi já tinha superado mil vezes os dois.

Melanie Martinez (por Peterson Augusto)

Que show! Uma semana antes fiz um post onde falei que não esperava nada menos que um espetáculo ao vivo, pois trocaria The Weeknd pela Cry Baby, e por mais fã que eu seja da garota, doi perder o Starboy. E valeu muito a pena. Mesmo. Pra quem curte um show performatico, conciso e dentro de um conceito do começo ao fim, foi entretenimento garantido. Se seus vocais são limitados no palco, ela compensa pela animação e pela emoção nas letras. E um detalhe que chama atenção é o cenário bem elaborado, com um berço, bolos, blocos de abc. Até uma pequena reencenação do clipe de "Tag, You're It/Milk N Cookies" teve, com direito a perseguição pelo lobo mau e a Cry Baby o envenenando com água, rs. Realmente um espetáculo que valeu a pena, só senti muita falta de "Pacify Her", um dos pontos mais altos do álbum, que foi substituída por "Cake".

Tove Lo (por Peterson Augusto)

"Ah, é isso né, bacana. Quem toca depois?". Foi o que pensei quando acabou o show de Tove Lo. E acredite, eu curto muito a cantora e sempre tive muita vontade de vê-la ao vivo. E não é que tenha sido ruim, pois houveram muitos pontos positivos no palco, só não foi memorável o suficiente. Em meio a uma setlist composta quase que totalmente pelas faixas de seu mais recente álbum, "Lady Wood", a cantora entregou bons vocais e segurou seu público com muita animação, se movimentando e dançando a todo momento, embora a maioria estivesse ali somente por seus maiores hits, conhecendo pouco do restante apresentado. Um ponto interessante foi o fato de terem exibido no telão trechos de seu curta-metragem, "Fairy Dust", ainda que pudesse ter sido melhor trabalhado, já que as vezes as imagens não tinham muito a ver com a música que estava sendo tocada na hora.

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