Austin Mahone - “Dirty Work”: como o japão reviveu a carreira do ex-ícone


Depois do sucesso inesperado de Dirty Work no Japão, Austin Mahone lança seu primeiro álbum. Aqui, ele entrega um resultado fraco e sem personalidade, diferente de seus projetos anteriores. O sucesso comercial realmente tem a ver com a sonoridade do artista ainda sem estabilidade?


No início da década, todos queriam ser Justin Bieber – ou, pelo menos, aproximar-se do seu sucesso. De Cody Simpson à Austin Mahone, tivemos inúmeras personalidades copiadas com o mesmo intuito.

Enquanto outros nomes caíram no ostracismo, Austin soube administrar alguns passos da sua carreira – tendo conseguido fazer algum barulho com “What About Love” e “Mmm Yeah”, seus dois singles de maior sucesso.

Seu movimento errado parece ter sido o “grito de liberdade”; enquanto alguns artistas esperam estabilizar-se para lançar materiais com mais personalidade, Austin arriscou-se na excelente mixtape This Is Not the Album, numa piada divertida sobre nunca ter lançado um álbum de fato.

E se em 2012 ele já fazia lançamentos especiais pros fãs japoneses (Extended Play, seu primeiro compilado de músicas, foi lançado exclusivamente por lá), agora ele firma seu nome no mercado oriental. “Dirty Work”, seu single de 2015 (!!!) começou a fazer barulho no país após uma comediante usá-la como pano de fundo – e assim atingindo #4 no país e tendo vendas certificadas em ouro.


Com isso, sai essa semana seu primeiro LP, Dirty Work – the Album; inteligentemente nomeado após o single. Seus triunfos aparecem nas belas baladas “Found You” e “Wait Around”, que poderiam muito bem ser singles de sucesso do próprio Bieber – que, a esta altura, não influencia mais o cantor. O resto, em si, soa um pouco sem personalidade. “Lady”, um dos singles já lançados, soa familiar? É porque foi escrita toda em cima deste sucesso da Modjo dos anos 00. Compare: 





O single com o DJ Hardwell, “Creatures of the Night”, é uma ótima música dance, que fecha o álbum pouco inspirado. A personalidade impressa em suas mixtapes parece perdida aqui. Teria Austin Mahone fôlego suficiente para um álbum completo no mercado norte-americano?


Créditos: Rodrigo Izetti 

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