Ride revela o processo criativo por trás do próximo álbum, "This Is Not a Safe Place"


Pioneiros do shoegaze, o grupo inglês Ride finalmente veio ao Brasil pela primeira vez em abril deste ano, como headliner do Balaclava Fest, comemorando seus quase 12 anos de banda com um show triunfal. Aproveitando a passagem da banda pelo nosso país, batemos um papo com o guitarrista, Andy Bell, que nos contou um pouco da trajetória da banda e revelou detalhes exclusivos do novo álbum.

Confira a entrevista na íntegra:

KT: O Ride é um dos frontrunners do shoegaze. Como é conviver com este título de hora e como você enxerga a banda renovando e evoluindo com sua identidade a cada ano?

Andy: Não afeta a banda internamente, por mais que sejamos gratos por ter tamanho reconhecimento. Essa atenção nos motiva a sempre melhorar e continuar lançando música.

KT: E para se renovar, vocês também se inspiram novo nomes da cena musical?

Andy: Sim! Estou constantemente ouvindo e me inspirando pela guitarra, composição e produção dessas novas bandas. Algumas vezes chega a refletir na nossa músicas, mas normalmente curtimos somente como fã mesmo. Gosto muito de Mac DeMarco, Diiv, Planet, Buffalo Postcard, Fontaines D.C. e The Mysterines.

KT: Falando do novo álbum que está por vir, This Is Not a Safe Place, o que podemos esperar comparando com seus lançamentos do passado?

Andy: O nosso último álbum Weather Diaries, para mim, lembra um pouco o Going Blank Again. O novo disco, no entando, se parece com o Nowhere nessa mesma linha de raciocínio.

KT: Tem algo do processo criativo que muitos fãs não sabem?

Andy: Algo que ninguém imagina é que gravamos a bateria de todo o disco em apenas quatro dias. Muito do baixo e da guitarra também. Foi bem rápido.

KT: E para esse disco, vocês se juntaram mais uma vez com o produtor Erol Alkan e Alan Moulder. Como foi trabalhar com eles novamente e o que eles agregaram ao trabalho?

Andy: No Weather Diaries, encontramos um time ótimo e um ótimo fluxo de trabalho, e não havia razão alguma para não continuar com eles. Ceasar Edmunds teve uma maior participação e usamos um outro estúdio dessa vez (Assault and Battery). Foram as únicas mudanças que fizemos.


KT: Com o carro-chefe "Future Love", podemos sentir um som mais melódico com ótimas harmonias, construindo uma atmosfera muito positiva. As outras faixas também seguem essa vibe?

Andy: Não! "Future Love" é, sem dúvidas, a música mais positiva do disco. Ela é responsável por um momento de luz e alívio, visto que o conceito do álbum é muito mais pesado em sua grande maioria.

KT: Como foi o show no Brasil?

Andy: Foi fantástico. Muito obrigado a todos que vieram nos ver!

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