Sandy lança o ousado "Universo Reduzido"

A nossa querida Sandy retornou na última sexta-feira (10/12) com mais uma fase de sua carreira solo. Com o seu novo single "Universo Reduzido", ela ousa com piano majestoso e melodia lenta. A música é de grande intensidade e bebe da música popular brasileira.


O clipe é poético e a sua atmosfera expressa o momento em que vivemos, de incerteza e pós-vacina. “A música Universo Reduzido é uma tentativa de organizar, expressar ou, talvez, até exorcizar a montanha russa interna de emoções dos últimos dois anos. É uma música muito introspectiva que se esforça em cavar a fundo sensações muito reais – às vezes muito subjetivas e às vezes bem objetivas – que fazem parte desse novo vocabulário de emoções com que fomos obrigados a conviver nesses últimos tempos”. Expressa Sandy na coletiva de imprensa de lançamento do novo single.


O Keeping Track marcou presença no evento e teve a chance de fazer uma pergunta a cantora.


Por ser um trabalho tão diferente das suas faixas anteriores, como você espera que os fãs recebam isso? A gente sabe que muitos cresceram com ela, então o que ela espera que eles sintam ao ouvir esse lançamento?


Sandy: Olha... desde que eu comecei na carreira solo, no começo eu não sabia muito o que esperar. Eu não sabia qual seria o público que ia se identificar com o meu trabalho, qual seria, enfim, o perfil do meu público, se eles iriam mesmo gostar. Se ia ter pouca gente, muita gente, eu não sabia nada. Foi um salto de fé praticamente. Mas quando a gente ta cantando a nossa verdade, quando a gente está fazendo aquilo de coração mesmo, acreditando de verdade no que a gente faz, mesmo que o público seja pequeno, (e nem é rs, graças a deus eu tenho um público muito maravilhoso), mas é e foi uma redução gigantesca do que é a realidade do Sandy e Junior e foi que virou a minha realidade da carreira solo e eu amo isso, porque eu me reinventei como artista. Era muito obvio que o público ia mudar também, então assim, o que eu estava dizendo...a maneira como as pessoas se identificam com isso, com esse trabalho e a fidelidade e lealdade delas a você. Enfim, o tamanho que aquilo tem na vida daquelas pessoas as vezes. Isso faz valer a pena de mais. Isso se sobressai ao número de pessoas que vão gostar de você.


Eu não sei o que vai acontecer. Só sei que eu tenho um público que é muito fiel e que eu vejo que está lá. Porque eu tô aí nas redes sociais, no mundo e nessa pandemia então, que a gente não pode estar lá fora, a gente tava muito mais presente dessa maneira virtual. A gente consegue hoje, está tudo muito democratizado a comunicação, então a gente consegue saber o que as pessoas pensam, o que elas acham. E tudo o que vejo me deixa muito feliz em relação aos fãs. Então, cara eu tô pronta pro abraço, um abraço virtual. Eu acho que provavelmente muita gente vai gostar, outras vão ficar com saco cheio, mas idai? Todo mundo é livre e beleza. Como eu já dizia lá desde o começo da carreira solo, eu quero o público que me quiser.


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Na música – produzida na Espanha com Jason Tarver e no Brasil com o Lucas (Lima) – houve o cuidado em ter arranjos que, de certa forma, fossem esse complemento de toda simbologia pensada. Como se nada estivesse soando como realmente é. O piano não soa exatamente como um piano, a bateria não soa exatamente como bateria, as cordas não soam exatamente como cordas. O único elemento que soa “real” e fidedigno é a minha voz – ainda que embargada de toda essa carga de sentimentos. Tudo isso para, mais uma vez, simbolizar essa sensação de que o mundo inteiro está lá, mas não está. 


Universo Reduzido expressa a verdade da Sandy “Para mim, nesse período, pareceu impossível produzir outro tipo de coisa. Era como se minha arte, minha música não pudesse ser mais leve porque soaria como uma total desconexão com a realidade vivida por mim e, imagino, por grande parte das pessoas. Mesmo acreditando que essa música possa ser o fim desse denso ciclo, ela não é, exatamente, ou somente positiva. Penso que representa bem a sensação de muita gente; algo como:  ‘vamos ver como as coisas vão, de fato, ficar’” finaliza.


O clipe todo foi pensando, também, para trazer uma simbologia em todos os detalhes. Algo bem não-literal das sensações que estamos vivendo. Todo ambiente é “firme, rígido” ao primeiro olhar aparente, mas, por dentro, não tem essa solidez toda. É, na verdade, um passeio por sensações expressas pelos movimentos corporais ou na utilização de sobreposições.


Tudo mostra esse misto de sentimentos que vivemos nesse período. Como os sentimentos contraditórios de uma satisfação de, por exemplo, poder ter um contato maior com a família e ao mesmo tempo, um desespero de não ter contato com o mundo, ou ainda, de não ter boas perspectivas.


Confira o videoclipe de "Universo Reduzido":


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