DAY LIMNS traz narrativa conceitual em “VERMELHO FAROL”. Entenda referências!

Bem-Vindo ao Clube, lançado em 2021, mudou a carreira de DAY LIMNS. O projeto com uma pegada voltada para o pop rock - estilo tão admirado pela cantora - colocou ainda mais os holofotes em seu trabalho. Para divulgar o disco, ela criou uma outra versão ao vivo, fez uma série de shows e escreveu um livro complementar. Agora a cantora está inaugurando sua nova era com vários easter eggs que vão te surpreender.

Pouco a pouco, ela se despede do projeto e começa uma nova fase. Na última semana, saiu em todas as plataformas digitais o novo single da artista, “VERMELHO FAROL”. “Eu não consigo nomear referências óbvias e muito específicas para ela. Ela funde o rock com o rap, mistura elementos orgânicos com eletrônicos. É sexy, mas não deixa de ser pesado. É pra cima mas não é necessariamente feliz”, explicou em comunicado sobre a faixa - cuja temática lembra “Geminiana” - composta por Carolzinha, Carol Biazin e a própria DAY .

Nas palavras da musicista, há um certo “paralelo” entre “VERMELHO FAROL” e os singles anteriores. “Acreditei tanto que deixei pistas lá atrás no clipe de ‘7 Vidas’. Apesar de não estarem no mesmo projeto, os lançamentos do ano passado se conectam com o storytelling que estou propondo para essa nova era”.

Abaixo, explicamos essas referências para vocês entenderem:

Aparentemente, há uma história interligando “7 Vidas”, “Castelo de Areia” e “VERMELHO FAROL”. Toda a narrativa iniciou lá em “7 Vidas”, lançada há cerca de dez meses. No clipe em questão - ambientado na “Ilha do Vermelho Farol” (um easter egg!) -, DAY fica “presa” sozinha em uma ilha, enquanto se apaixona por uma misteriosa voz, vinda de uma sereia. No final, elas até se encontram, mas é como se tudo não passasse de um sonho.

Em “Castelo de Areia”, a cantora ainda vive nessa realidade de certa forma. Ela está dentro de uma caixa transparente cheia de água - o que remete à essa temática do mar - , tentando se “libertar” não só do espaço, como de seus demônios. Novamente, ao fim, DAY fica “desacordada” na areia - talvez “morrendo” ou “sonhando”.

Então, em “VERMELHO FAROL”, a sereia fica de escanteio. LIMNS agora está apaixonada pela Vênus, ardente e vermelha, tão diferente da criatura azul, mas que ainda assim carrega uma aura mística (e certa semelhança na aparência). Mesmo seguindo em frente, o tridente tatuado em seu ombro não esconde seu passado. Funciona como uma espécie de continuação de “7 Vidas”, porém em outra vida, e deixa no ar se tudo vivido com a Vênus foi ilusão ou não.

“Ele relata um encontro muito intenso entre duas minas que gosto de chamar de estrelas ou deusas de diferentes órbitas, e apesar de ser baseado em sentimentos e sensações reais, é bastante fantasioso e recheado de referências e simbologias que vão muito além de serem apenas sobre uma relação sáfica - quero abrir espaço para discutir temas ainda mais profundos”, afirma.

Entre os elementos do vídeo, vale destacar alguns. A boate em que tudo acontece tem o nome de Kalice - uma possível variação de Calice, termo em latim que significa "cálice" ou "taça". Ainda, o estabelecimento possui o símbolo astrológico do planeta Vênus virado para baixo e com um coração no meio, além de uma bola de cristal em uma das mesas, um vinho em uma taça, vitrais e uma pintura parecida com "O Triunfo de Galatéia", de Rafael Sanzio. Tudo remete ao profano, ao divino, ao sagrado, às crenças e aos limites entre o certo e o errado. 

Assista a seguir:


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