Kelly Clarkson entrega o refrescante “Meaning Of Life”, após 2 anos do antecessor


Buscando uma sonoridade mais adulta condizente ao momento da sua vida, Kelly nos mostra o significado da vida na visão dela.

Liberada da RCA Records após o lançamento do fraco “Piece By Piece” (era surpreendida pelo sucesso inesperado da faixa-título), Kelly decidiu fincar o pé nas influências da sua sonoridade preferida: soul. O resultado é uma mistura deliciosa do pop que Kelly sempre entrega, com vocais refinados e mais adultos.

Logo no início, Kelly Clarkson diz que não está para brincadeira: “A Minute (Intro)” deixa bem claro que é o álbum dela, do jeito que ela quer. “Love So Soft” é definitivamente uma faixa que cresce aos poucos, e em algumas chances você se pega viciado nesse hino. O whistle no final é surpreendente e mostra que a voz dela ainda está no ponto.


Enquanto “Heat” se prova levemente fraca à princípio, mas ainda assim divertida, “Meaning of Life” traz vocais que não falham em te deixar boquiaberto. O significado da vida ela não explica, mas diz que basta olhar para os olhos do seu amor. Diz o milagre, mas nunca diz o santo.
Aliás, vocais são o forte desse álbum. “Move You”, já liberada com o primeiro single logo no início, entrou para o hall de melhores músicas dela. Nunca tivemos uma Kelly tão livre para cantar, pelo menos não desde “Since U Been Gone”.



“Whole Lotta Woman” é quase uma boa música – não sendo melhor pelo único motivo do arranjo. Em raíz, essa é claramente uma música country, sendo que foi arranjada para o estilo funky/soul. Não me entenda mal – a sonoridade é incrível, mas combinaria bem mais com country, estilo que Kelly já demonstrou ser chefe. Enquanto isso, “Medicine” se mostra uma música pop do melhor estilo: influências de sonoridades antigas, mas sem deixar de ser atual sem soar datada. Do mesmo produtor de “Desperado”, esta música é a minha resposta caso me perguntassem “como uma música pop deve soar?”.



É em “Cruel” e “Didn’t I” que eu concluo que, apesar de esperar por um álbum soul, a sonoridade mixada com pop veio muito a calhar. São músicas pop com altos potenciais de hit e vocais exemplares. Por que Kelly não é tão grande como outras com maior reputação?

“Would You Call That Love” é uma das produções do Greg Kurstin. Precisamos dizer mais? O cara produziu “Hello” e metade do 25 da Adele, além dos maiores sucessos da Sia, como “Cheap Thrills” e “Chandelier” e dos recém-carreira solo pós 1D, Niall Horan (“This Town”) e Zayn (“Dusk Till Dawn”). O cara só produz hino, imagine com uma cantora tão talentosa como a Kelly. Mais uma nota 10.



O solo de guitarra em “Slow Dance” nos engana ao entregar que é uma linda canção de amor; aqui, Kelly mostra que você não pode tratar ela como brinquedo; em “Go High” ela finca o pé novamente, dizendo que não vai desistir e continuará a servir amor. Não é das melhores do disco, mas fecha a mensagem de ótima forma.

Keeping Tracks inside Keeping Track: “Love So Soft”, “Meaning Of Life”, “Move You”, “Medicine”, “Cruel”, “Would You Call That Love”.

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