Relembre a essência do Paramore com o magnífico álbum da banda, Riot!


Como lembrar do Paramore em 2007 e não soltar suspiros de saudade?  Certamente, a banda se encontrava em seu auge quando lançou o segundo álbum de estúdio, Riot!. O disco é uma verdadeira obra prima repleta de músicas pop punk amigável. E o ritmo te pega de um jeito que até o final do álbum, você já vai ter dado vários shows de air guitar – afinal, quem nunca né?

Riot! é cheio de personalidade do começo ao fim. Parece que Hayley Williams reflete sua atitude explosiva em cada música, elevando a performance do álbum, sem dificuldades. As letras também são todas escritas pela banda, deixando marcada a identidade da mesma – o que é muito importante para os primeiros álbuns de qualquer artista, afinal isso é pura autenticidade.

Contextualizando com a época de lançamento, o álbum é como uma continuação sonora do All We Know Is Falling, porém mais sólido e com uma produção melhor. A banda parece ter encontrado o resultado perfeito para os esboços do álbum, não demonstrando nenhum desandamento grave no desenrolar. Aparentemente, Riot! saiu na dose certa que os integrantes queriam.


“For A Pessimist, I’m Pretty Optimistic”: Nenhuma faixa do álbum conseguiria fazer o mesmo impacto de abertura como “For A Pessimist, I’m Pretty Optimistic”. Ela começa bem pra cima introduzindo o rock animado da banda, que está para reinar futuramente nas próximas músicas. Já demonstra toda a pegada energética que o Paramore está pronto para entregar.

“That’s What You Get”: Só de ouvir esse hit, já dá vontade de pegar os lencinhos por conta da tamanha nostalgia proporcionada. Foi essa música que fez a banda bombar nas paradas musicais, e para isso ter acontecido, há uma razão. Todos estão numa incrível sincronia, principalmente os irmãos Farro que arrasam na bateria e guitarra, colocando todo mundo para dançar.

“Hallelujah”: Agora os riffs tomam conta da música, em perfeita harmonia com os vocais poderosos de Hayley Williams. Se um dia anjos do céu decidirem fazer uma banda, com certeza teriam essa música como resultado. É uma sonoridade épica.

“Misery Business”: Novamente, mais um hit da banda em que Hayley Williams se destaca. O instrumental é sim maravilhoso e explosivo – ainda mais quando Josh Farro aparece com seu solo de guitarra de tirar o fôlego –, porém a cantora é a que faz diferença na faixa. Ela interpreta tão bem uma situação de fúria, que adiciona um aspecto badass essencial para o álbum.

“When It Rains”: Eu amo quando os artistas tentam algo diferente. Esta música deve ter sido um risco tremendo para uma banda tão agitada como o Paramore. A faixa é uma balada bem romântica e melosa na medida que a gente gosta. “When It Rains” traz duas coisas que ainda não havíamos visto no Riot!: um som suave stripped down e letras inspiradoras para se refletir.

“Let The Flames Begin”: É provavelmente a mais dramática do álbum, porém no melhor sentido da palavra. Hayley Williams canta como se estivesse em um desmoronamento gritando por um socorro, colocando o máximo da sua sensibilidade na música. E novamente, Josh Farro rasga tudo com a sua guitarra, dando a explosão necessária à música.

“Miracle”: Admito que não é uma das mais interessantes do álbum. “Miracle” não possui a mesma linha de melodia das músicas passadas. Os garotos da banda são os que se destacam dessa vez, pois a Hayley parece não achar linearidade em seus versos cantados – claro que isso não é culpa só dela, e sim de todos que estiveram no processo de criação.

“crushcrushcrush”: Outro hino da banda está presente em Riot. A música soa muito com o estilo de Panic! At the Disco – o que é ótimo! Acredito que, do álbum, esta faixa seja a que mais mostra o talento de cada um igualmente. “crushcrushcrush” tem uma vibe rock n’ roll dançante que contagia qualquer um.

“We Are Broken”: Ok, chegamos à sessão arrepios do Riot. A vulnerabilidade da voz de Hayley Williams grita nesta música. O caráter poético, adicionado ao crescente instrumental e vocais emocionantes, resulta numa choradeira enorme. Não estou exagerando, “We Are Broken” é muito carregada de sentimentos e disso, todos gostam.

“Fences”: Numa sonoridade bem cabaret, a banda comenta como é lidar com a fama, citando cada mínimo detalhe de forma bem honesta. Apesar da música ficar na mesma na maior parte do tempo, o baixista Jeremy Davis dá um show surpreendente com seu solo triunfal.

“Born For This”: Parece que a música foi moldada para fechar o disco, e realmente faz um ótimo trabalho. A faixa traz um final bem energético para o álbum. “Born For This” é tão boa que te dá aquela vontade louca de ir comprar ingressos para um show deles – afinal, imaginem só essa música ao vivo, como deve ser espetacular. Dá vontade de dançar, rodopiar, pular, enlouquecer como se não houvesse amanhã.

A razão de Riot ser tão marcante é pela harmonia que o grupo se encontrava no momento. Dos quatro, somente Hayley Williams permanece hoje em dia – o que é uma pena –, porém em 2007, os quatro integrantes estavam juntos, conquistando títulos, derrubando barreiras e compartilhando um sonho. E toda essa energia positiva ajuda muito na realização de um álbum. Não é à toa que esse tenha sido provavelmente o melhor álbum da banda. A partir do momento que o grupo está em sintonia, eles conseguem colocar tudo aquilo em um só ritmo para sintonizar outros apaixonados pela música, assim como eles são. 


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