Pabllo Vittar, Gloria Groove, Wanessa e Francinne fizeram do Hopi Pride 2018 o melhor de todos!

Wayart Studio
Em mais uma edição do divertidíssimo Hopi Pride, festival LGBTQ+ que acontece duas vezes ao ano no Hopi Hari, em São Paulo, o parque mostra que tem muito do que se orgulhar, por promover representatividade e reunir um time de cantoras que fazem jus ao status de artistas que carregam. Então prepare-se, pois esse post terá muita rasgação de elogios.


Imagine um parque de diversões com as atrações funcionando durante o dia até a madrugada, entre shows superproduzidos de verdadeiras artistas, com um público que só tem amor e aceitação para oferecer. Em tempos turbulentos por que temos passado, esse respiro era tudo o que precisávamos. Em sua terceira edição, o festival Hopi Pride proporcionou muita alegria e shows de brilhar os olhos de Francinne, Wanessa, Gloria Groove e Pabllo Vittar.

A série de apresentações começou ao cenário de um belíssimo pôr-do-sol, que dava pra ser visto no lago do parque, ao lado do palco, dando um clima especial a uma noite que estava apenas começando a nos surpreender. Francinne subiu ao palco primeiro e foi uma surpresa muito boa, visto o tamanho do investimento por parte da produção: muitas artes visuais, show de luzes e fumaças, um time de dançarinos, muito bate cabelo. Para quem está no início da carreira, ela entregou uma perfomance grandiosa e consistente, com músicas de sua autoria e outros covers, como “Havana” e “Taki Taki”. O melhor fica por conta de sua simpatia, sempre se mostrando honrada de estar ali se apresentando para um número tão grande de pessoas e apoiando a causa do festival.

Wanessa veio logo em seguida, abrindo sua setlist já mostrando que traria seus sucessos mais antigos de volta, como “Tanta Saudade”, “Amor Amor” e “O Amor Não Deixa”, e nem mesmo xainirô ficou de fora. A cantora soube mesclar bem os diferentes ritmos das diferentes eras de seus trabalhos, com muita brasilidade em um momento, e muita dance music em inglês em outro, além de apresentar seu mais novo lançamento “Loko!”. Era perceptível como ela estava tendo um bom momento no palco, dançando bastante e botando o gogó pra jogo, e a recepção do público foi bacana de ver também. Um momento divertido foi ver Francinne voltando ao palco para cantar seu hit com Wanessa, “Tum Tum” — que é muito muito bom, por sinal.


Gloria Groove entrou no palco na maior personificação da Beyoncé in drag e assim seguiu durante todo o tempo. A considero uma das drags mais profissionais e seguras de seu potencial por aqui, além de ser uma das que mais fazem pela comunidade, e isso ficou ainda mais claro ao vivo. Mesmo sendo a primeira vez que a vi performando, não me surpreendi, pois já sabia que eu teria um ótimo momento ali: do pop ao hip hop, dominou seu público, e fez cantar e dançar até mesmo quem não conhecia por completo seu repertório.

Gloria mostrou um vocal pra ninguém ousar botar defeito e foi tão carismática que rolou até pedido de casamento no palco. Vale mencionar também suas habilidades de dança entre as coreografias bem elaboradas em meio aos dançarinos. Foi um show simples, sem grandes artes visuais, mas muito satisfatório, tendo como ponto alto o momento de cantar seu maior hit, “Bumbum de Ouro”, que fez tremer o parque todo.



Pabllo Vittar, conte comigo para tudo! A última a se apresentar na noite fechou tudo com chave de ouro e entregou uma apresentação digna das maiores divas pop internacionais. Nunca havia a visto ao vivo antes e minha surpresa foi de puro encantamento pelo nível de profissionalismo e domínio de palco alcançado. A “Não Para Não Tour” levou seu nome ao pé da letra, pois o show não tinha um único respiro, tamanha energia que Pabllo colocava em cada vocal, cada coreografia perfeitamente executada, cada pirueta, estrelinha, death drop... de verdade, eu só tenho elogios.

E teve repertório para tudo: todas as músicas do primeiro ao segundo álbum, passando também pelos feats de sucesso e os covers antigos, nada ficou de fora, nada decepcionou. A gente sabe que está vendo uma verdadeira artista quando se olha para os lados e vê a reação do público. Não havia um único que ficasse parado. Vi gente sentando no chão para chorar com “Indestrutível”, gente reproduzindo a exata coreografia de “Problema Seu” e gente com os olhos brilhando igual aos meus. Até mesmo quando duas pessoas invadiram o palco, Pabllo fez questão de que elas não fossem retiradas e assistissem o show dali mesmo.



A recomendação para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer o festival é inevitável, e a quem já foi em alguma edição, não hesite em querer conferir a próxima, que com toda certeza reunirá outros grandes artistas na recepção calorosa do parque. Aos funcionários, organizadores e idealizadores, meu muito obrigado! Em 2019 tem mais!

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