Katy Perry e o pop de superação do novo álbum "Smile"

Chegou mais um lançamento para agitar o universo pop! Katy Perry brilha com músicas potentes que exalam gratidão no novo álbum, Smile. Entre hinos de superação, a cantora ilustra sua jornada pessoal por tempos sombrios de forma positiva e grandiosa.

Renovação. É isso que Katy Perry precisava após a cantora ser mais uma vítima da longevidade precária do pop de se manter no mainstream. Após o disco Witness, o alcance da artista nunca foi o mesmo. A fórmula chiclete e comercial acabou se desgastando e essa nova era chega para emplacar uma persona madura e resiliente que vai muito além de perucas extravagantes, clipes coloridos e melodias feitas sob medidas para as rádios. 

Em Smile, Katy Perry revela um pouco de sua batalha contra depressão a fim de encontrar felicidade e bem estar em um mundo banalizado pela exposição da imagem. A cantora descreve o álbum da seguinte forma: "ele me lembra que já sobrevivi a muitas noites obscuras e caminhei por muitos vales, e posso superar".

Já avisamos que não nenhuma canção tão poderosa como "Roar" ou "Firework", mas Katy Perry se apropria de um som mais sofisticado, banhado por um pop da década de 90. Não há tanta tentativa de hits como foi em seu último disco. É possível sentir um pop mais iluminado do que a cantora vinha lançado nos últimos anos.


Smile já começa com o carro-chefe contagiante "Never Really Over", que abre um cenário frenético de reinvenção e muita atitude. Seguindo, Katy começa a olhar para seu som do futuro tentando mostrar todas suas facetas em um só álbum.

"Cry About It Later" e "Teary Eyes" falam sobre se divertir na pista de dança e deixar as lágrimas de lado, ambas com melodias electro-pop crescentes e pulsantes. Destaque especial para o solo de guitarra inesperado de "Cry About It Later". Em uma pegada diferente de tudo que ela já fez, mais tarde ela também surpreende com as influências disco de "Tucked" e a linha tropical e refrescante de "Harleys In Hawaii".


Mas infelizmente, nem tudo são rosas ou margaridos. Apesar do disco ser um momento importante para a carreira de Katy Perry, Smile falha muitas vezes em sua projeção e performance. Um exemplo disso é a faixa "Resilient", produzida por Stargate, que também assinou "Fireworks". A música tem bastante potencial, porém sua melodia e produção torna a faixa um pouco entediante e pouco convincente. O mesmo acontece mais tarde em "Champagne Problems".

Apesar de alguns deslizes, Katy Perry apresenta algumas preciosidades memoráveis para sua discografia. Estamos falando aqui da mensagem de empoderamento e vocais poderosos da cantora que ganham cor em hinos de empoderamento como "Daisies" ou na atitude arrebatadora e som expansivo de "Not The End Of The World", que revive aquela diva pop que parou o mundo com o hit "Dark Horse". Menções honrosas também à festa de "Smile", à atmosfera doce e nostálgica de "Only Love" e a delicadeza quase gospel de "What Makes a Woman".


Ao fim do play, Smile deixa impresso a essência de um álbum típico da artista, porém com pretensões mais pessoais do que comerciais. Há sim letras clicês e um pouco de pop previsível, mas a cantora ousou em alguns momentos e usou essa nova fase da carreira para espalhar celebrar suas dores, forças e individualide com seu jeito Katy Perry extravagante de ser.

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