"Não tentei soar como qualquer outra coisa", diz Dayglow sobre seu novo disco “People In Motion”

Vestindo uma camiseta de mangas amarelas com os dizeres “Class of 1979” e casualmente em seu  estúdio, Sloan Struble, na verdade, conversou com o Keeping Track do lugar onde criou o próximo álbum do Dayglow, People In Motion, com lançamento em outubro.

“Eu tenho um cachorrinho em casa, então ele me acordou bem cedo hoje. Estou acordado há muitas horas”, brinca o cantor inicialmente, rodeado de instrumentos. No dia da conversa, ele estava prestes a lançar a faixa “Deep End”, uma das mais “distintas” do novo disco em suas palavras. "Foi a primeira música que fiz para o álbum. Me lembro que fazer essa música foi como abrir uma porta imaginária e ter esse novo som sendo criado. Isso meio que foi uma base para o álbum, então foi um momento especial”.


People In Motion sucede Fuzzybrain (2019) e Harmony House (2021) e aconteceu por acidente e de forma rápida. Segundo o norte-americano, não havia pressão no processo e todas as músicas do projeto foram gravadas recentemente: “Não tem nenhuma música antiga, todas são novas”, garante.

A inspiração veio de cantar ao vivo e de poder ver os fãs pessoalmente, algo de muita importância para Sloan, como ele destaca: “Todo o álbum saiu dessa energia. Eu acho que a essência de ser um músico é fazer shows, e estamos meio que fugindo disso socialmente, as pessoas fazem músicas para o TikTok”.

Diferente da época em que criou o Harmony House, o artista não procurou canções ou bandas novas durante a gravação do People In Motion. E focar no seu próprio som influenciou diretamente o resultado final: “Eu meio que estava escutando minha própria música porque estava fazendo isso o tempo todo, o que eu acho que moldou muito a sonoridade do álbum, porque eu não tentei soar como qualquer outra coisa”.

Outra novidade do trabalho é a capa: das outras vezes, o músico utilizou fotos suas, mas agora, a imagem principal é de uma caixa colorida no meio de um deserto. “Fará sentido no contexto quando ouvirem o álbum. Sinto que o Dayglow, agora que estou fazendo todos esses shows, está se tornando maior do que eu. E então eu queria que a arte do álbum não fosse uma foto minha. Queria que parecesse uma obra de arte, porque é isso que o Dayglow está se tornando. Mais do que eu fazendo música, as pessoas estão olhando para a arte que eu faço”, revela.

Ele conta que está ansioso para o público ouvir a faixa de abertura, “Second Nature”, descrita como “chocante” e “divertida”, e adianta que já quase finalizou o seu quarto disco: “Estou fazendo mais música do que nunca”

De qualquer forma, Sloan está focando atualmente na “People In Motion Tour”, que inicia em setembro e que contará com a abertura de Ritt Momney.“Estou muito animado, eu acho que vai ser um show ao vivo impressionante. Espero que pareça uma coisa muito original, porque pode ficar muito monótono ver shows às vezes, como se as luzes e as coisas fossem as mesmas. E eu adoraria ir ao Brasil o mais rápido possível, é longe de casa, mas seria ótimo”, finaliza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário