Os melhores álbuns de 2023!

E 2023 chegou ao fim nos deixando várias memórias incríveis do mundo da música. Por isso, o time do Keeping Track se reuniu para relembrar os melhores álbuns do ano, de janeiro a dezembro. Viemos aqui para enaltecer as composições brilhantes do "Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd", de Lana Del Rey, a versatilidade ousada de artistas como Rubel e Raye, o audacioso "Guts", de Olivia Rodrigo, entre muitos outros trabalhos que merecem sua atenção. Prepara o play e vem com a gente nessa jornada!

Confira a lista a seguir, em ordem alfabética:

4th Wall - Ruel (por Guilherme Santana)

Ruel fez sua estreia com o álbum “4th Wall”, onde explora um lado mais pessoal e íntimo, cantando sobre crescer, ser independente e separações. O álbum começou a ser feito em 2020, onde o cantor havia acabado de sair da turnê e essa foi a primeira vez em anos em que tirou um momento para olhar para trás e perceber o tanto que trabalhou e cresceu. Ruel descreve o álbum como algo com o qual todos pudessem se relacionar. Um álbum cheio de cenários pessoais do cantor mas também se inspira em acontecimentos do seu redor que você provavelmente vai se identificar.

7 Estrelas | Quem Arrancou O Céu? - Luiza Lian (por Gabriel Bonani)

Após o elogiado "Azul Moderno", de 2018, Luiza Lian retornou com um disco que é pura transformação. "7 Estrelas | Quem Arrancou O Céu?" reflete a evolução artística da cantora, assim como as inevitáveis mudanças sociais dos últimos tempos, que são temas desta obra poética sobre conexão e reflexão. Além de seu ótimo conteúdo lírico, a sonoridade é a protagonista. Ela faz com que o álbum seja tão inovador. Sua abordagem experimental para a música eletrônica, funk e trap traz à experiência um ar de brasilidade, mas ainda assim futurístico. É como se Luiza Lian tivesse encontrado o som do amanhã com tamanha originalidade.

As Palavras, VOL 1 & 2 - Rubel (por Laura Araújo)

Em março, Rubel mostrou versatilidade como ninguém em seu terceiro disco: “AS PALAVRAS”, dividido em volume 1 & 2 e com o total de 20 faixas!

Eu, particularmente, nunca havia imaginado Rubel dividindo vocais num sambinha com Xande de Pilares, muito menos o cantor em uma faixa de funk em parceria com BK, Gabriel do Borel e MC Carol. O resultado foi duas das melhores e mais famosas faixas do disco: “Grão de Areia” (tenho certeza que você já viu vários vídeos com os primeiros segundos dessa música) e “PUT@RIA!”. Outras parcerias incríveis compõem o disco e mostram a versatilidade de Rubel, músicas com Bala Desejo, Deekapz, Tim Bernardes, Liniker, Luedji Luna, Milton Nascimento e Dora Morelenbaum.

Afrodhit - IZA (por Thais Vieira)

Com "Afrodhit", Iza mostrou que descartar um álbum inteiramente finalizado pode ser o início de um trabalho ainda melhor. A cantora soube trabalhar diferentes gêneros. A mistura do afrobeat, funk e R&B apresentou um trabalho com a personalidade brilhante e que é a cara de Iza. Valeu a pena a espera desde "Dona de Mim". Recomendo ouvir "Que Se Vá", "Fé nas Maluca" e "Fiu Fiu".

Bewitched - Laufey (por Gabriel Bonani)

Não poderíamos deixar este disco tão elegante e leve de fora da nossa lista. Em "Bewitched", Laufey brilha com sua própria singularidade, cativando os ouvintes com o encontro de sua voz grave e charmosa com produções envolventes. Um destaque especial para faixas como "Dreamer", "Second Best" e "California and Me", que mostram qualidade musical sempre de forma cristalina. Com influências de Ella Fitzgerald e da bossa nova, a cantora prodígio do jazz islandês leva os valores mais tradicionais do gênero para a Geração Z com um toque relevante de contemporaneidade.

But Here We Are - Foo Fighters (por Maria Eloisa Barbosa)

Dave Grohl, vocalista e guitarrista do Foo Fighters, sempre usou a música como cura nos momentos mais difíceis de sua vida. Depois da morte do lendário baterista da banda e melhor amigo, Taylor Hawkins, e da mãe e ponto de conforto, Virginia Grohl, ambas em 2022, o frontman transformou toda dor em um álbum, "But Here We Are", lançado em junho. Longe de entrevistas, da mídia e de qualquer divulgação, o grupo - formado ainda por Nate Mendel (baixo), Pat Smear (guitarra), Chris Shiflett (guitarra) e Rami Jaffe (teclado) - expressou o luto de perder o companheiro, de seguir em frente, de nascer de novo, de querer viver, ao longo de 10 faixas (incluindo "The Teacher", a mais longa da carreira), deixando, de fato, que a música falasse por si só. Um rock potente e feroz, ao mesmo tempo, sensível e delicado, capaz de emocionar, de envolver, de atingir quem quer que fosse ouvir.

Depois do Fim - Lagum (por Laura Araújo)

“Depois do Fim” é o quarto álbum da Lagum, que segue sendo fiel ao título dado pelos fãs de ‘banda que não tem uma música ruim’. Já falamos sobre o disco no KT (leia aqui), mas em resumo, DDF é o melhor trabalho da banda mineira, pelo menos até aqui.

Com 14 faixas, o disco vai para um lado mais MPB e mostra uma sonoridade madura da banda que consegue manter os fãs que os escutam desde 2016 e conquista novos ouvidos a cada lançamento. “Depois do Fim” é um ótimo convite para quem nunca escutou a Lagum e entender do que estamos falando. Vale a pena escutar as faixas “Outro Alguém”, “Habite-se” e “Ponto de Vista”.

Desire, I Want to Turn Into You – Caroline Polachek (por Gustavo Campanili)

Após um ano e meio do lançamento do primeiro single, a espera foi longa, mas muito bem recompensada aos ouvintes da cantora estadunidense. Caroline expõe sua visão do que a música é e até mesmo do que pode ser de um jeito único e peculiar. Sem medo de usar gritos viscerais e orquestra na mesma obra, ela nega qualquer minimalismo e obviedade. A coesão estética no âmbito sonoro e visual faz com que este não seja um álbum qualquer, mas sim uma obra de arte que merece todas as flores que lhe atribuem. Contendo “Bunny Is a Rider” e “Welcome to My Island”, duas das melhores músicas de 2021 e 2022, respectivamente, segundo inúmeros veículos, o repertório se enriquece ainda mais com faixas pop dançantes, cada uma de seu jeito singular, como “Smoke”, “I Believe” e “Sunset”.

Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd – Lana Del Rey (por Gustavo Campanili)

Lana é uma artista com a mão pesada quando o assunto é composição e seu último álbum é a prova disso. Com letras realistas sobre a relação da artista com sua família e interesse amoroso, ela nos coloca bem próximos ao seu dia a dia, no nu e cru. Se não fossem as interludes mal colocadas, esse poderia ser o maior álbum de sua carreia, posto que hoje continua sendo de "Norman Fucking Rockwell"
. A parceria com Jack Antonoff, que já dura 4 álbuns, agora caminha para uma faceta mais pesada e sórdida, como vemos em uma das melhores faixas do ano, “A&W”, ou até mesmo “Peppers”, mas sem perder a doçura com a qual ela nos vem acostumando, vide “Let the Light In”, “The Grants” e a faixa-título. 

Emails I Can't Send Fwd - Sabrina Carpenter (por Alicia Araújo)

Se em 2022 Sabrina Carpenter lançou o cativante e grudento "emails i can't send", em 2023 a nossa querida polly pocket veio com tudo com a versão deluxe do álbum. Com quatro faixas inéditas, o "emails i can't send fwd" proporciona uma extensão incrível, apresentando desde perfeição pop até baladas sentimentais. Em "Feather", a cantora incorpora o deboche para deixar claro que está muito melhor solteira do que com o ex (You miss me? No, duh). A faixa também ganhou um clipe divertido, onde diversos machistas se dão mal, enquanto Sabrina permanece radiante e bela. Outro destaque é a suave balada "opposite", revelando uma Sabrina vulnerável, disposta a se adaptar para reconquistar o ex, mesmo ciente de que, no final, ele escolherá outra garota.

Com suas minissaias, botas de plataforma e letras sinceras, a era dos "emails que não podem ser enviados" chega ao fim de forma espetacular, conquistando muitos novos fãs para a talentosa loirinha (inclusive esta redatora que vos escreve).

Endless Summer Vacation - Miley Cyrus (por Thais Vieira)

Dividido em duas partes (AM e PM), de acordo com Miley, os dois lados de "Endless Summer Vacation" se encontram no mesmo objetivo, mostrar ao mesmo tempo a vulnerabilidade e crescimento da cantora. Para alguns, talvez seja um álbum "esquecível", mas ele cumpre uma função fundamental para seu momento de carreira: evidencia a versatilidade de Miley artisticamente. Vale a pena ouvir "Jaded", "River" e "Muddy".

Javelin - Sufjan Stevens (por Gabriel Bonani)

Você não vai ouvir nada igual a este lançamento. Chega até ser difícil de descrever algo que ecoa com tanto brilho que parece nem ser desse plano. Dedicado ao falecido parceiro de Sufjan Stevens, "Javelin" é um trabalho de muitas camadas onde o músico confronta o luto de forma iluminada, com belos arranjos orquestrados, coros angelicais e uma produção genial que suavemente passeia entre o folk e eletrônico, sempre provocando momentos de pura introspecção ou emoção desenfreada. Parecendo algo esculpido por fadas ou seres mágicos, o disco é delicado, singular, expansivo e coloca em jogo a expressão artística tão grandiosa de Sufjan Stevens. Uma verdadeira obra-prima.

Guts - Olivia Rodrigo (por Alicia Araújo)

Olivia Rodrigo tinha uma grande missão com o seu segundo álbum de estúdio, afinal o debut "Sour" e os singles "drivers license" e "good 4 u" caíram no gosto de todo mundo e transformaram a atriz da Disney em uma potência da indústria musical ainda que muito jovem. Mas a nossa querida MC Detran não se acovardou, e se uniu mais uma vez com o produtor Dan Nigro para mostrar um retrato cru e honesto dos dramas da geração Z com a obra "Guts".

Recaída no relacionamento, relações tóxicas, auto depreciação, reconhecimento dos próprios erros, insegurança e desejo de vingança são só alguns dos diversos tópicos abordados ao longo de 12 faixas. E se os temas são vários, pode ter certeza que a sonoridade também vai de 8 a 80! A cantora entrega baladas intimistas até a hits do pop e não deixa de ousar com elementos nostálgicos do pop rock que nos fazem ficar ainda mais curiosos para acompanhar os próximos passos da cantora.

Já Ouviu Falar de Amor? - Lucas Mamede (por Laura Araújo)

Não sei se você já ouviu falar em Lucas Mamede, mas ele definitivamente fez um dos melhores discos do ano. Ele é de Recife, tem apenas 21 anos e “Já ouviu falar de amor?” foi seu álbum de estreia. E que estreia!

Mamede assina 10 das 12 faixas no disco, que é um grande acerto para o primeiro lançamento. Com “Já ouviu falar de amor?”, Lucas chega com o pé direito e mostra para que veio! O cantautor tem tudo para ser um dos grandes nomes da música brasileira com todas as suas referências repletas de brasilidade e com muita autenticidade. Vale a pena dar uma conferida em “Aquarela”, “A luz do luar” e “Conto os dias”.

Jesus Ñ Voltará - Mateus Fazeno Rock (por Gabriel Bonani)

De Fortaleza para todo o Brasil, Mateus Fazeno Rock foi, sem dúvidas, a maior revelação musical na cena nacional em 2023. O artista fez um dos show mais fervorosos do Primavera Sound, é a cabeça por trás do Fazeno Rock - uma produtora dedicada a artistas unidos pelo rock na favela, e ainda, como se não fosse suficiente, ele entregou um dos melhores discos do ano, "Jesus Ñ Voltará". Seu som é uma explosão camaleônica de brasilidade, com um toque inovador e experimental de grunge, punk, funk e trap. É neste ambiente sonoro plural em que são abrigadas suas reflexões de dor, amor e vício. Com uma profundidade absurda de suas letras e melodias tão viscerais, este disco veio para mostrar que Mateus nasceu para a revolução. 

Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua - Ana Frango Elétrico (por Gabriel Bonani)

Grande nome da cena alternativa nacional, Ana Frango Elétrico surpreendeu a todos com o toque exuberante e jazzística de seu novo álbum "Me Chama de Gato que Eu Sou Sua", onde assume o papel de um gato e mantém sua temática inspirada em animais. O trabalho bilíngue aborda temas introspectivos, ao mesmo tempo que explora gêneros mais extrovertidos, como o city pop e a música disco. Obviamente, sempre muito sagaz e conduzindo tudo na medida certa. Neste disco, Ana Frango Elétrico foge de qualquer rótulo e entrega uma obra rica, catártica e atemporal que lava a alma logo no primeiro play.

Never Enough - Daniel Caesar (por Gabriel Bonani)

Impossível não se deixar flutuar com o delicioso R&B Soul experimental de Daniel Caesar em seu aguardado terceiro disco, "Never Enough". O álbum destaca-se por letras de amores e desamores acompanhadas por belas melodias que vagam entre o melancólico e o revigorante. Canções como "Always" e "Cool" evidenciam uma maturidade e coragem artística esplêndida de um artista que genialmente nos leva ao seu particular em uma viagem emocional cheia de complexidades e detalhes que merecem sua atenção. Uma verdadeira preciosidade de 2023! 

One More Time... - Blink-182 (por Maria Eloisa Barbosa)

O retorno da formação clássica do Blink-182, sem dúvidas, causou grande comoção no mundo da música. Tom DeLonge, vocalista e guitarrista que estava fora desde 2015, deixou todas as mágoas e ressentimentos com os colegas Mark Hoppus (baixo/voz) e Travis Barker (bateria) de lado e teve a sua volta anunciada em 2022. Coroando o fato, em outubro último, saiu o álbum "One More Time" - o primeiro com os integrantes desde 2011. Tudo que tornou o Blink tão icônico no passado está lá: o humor, as piadinhas, os conflitos amorosos, os desabafos, a energia jovem, o pop punk extremamente simbólico e responsável por influenciar tantas outras bandas, além de tópicos importantes, como a retomada da amizade entre o trio, a batalha de Mark contra o câncer (em "You Don't Know What You've Got") e amadurecimento. Não é à toa que o disco alcançou o topo da Billboard 200, vendendo 49 mil cópias só em vinil na primeira semana - recorde para o rock em 2023.

O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar para Outro Planeta - FBC (por Gabriel Bonani)

Mergulhado por completo na Dance Music, FBC surpreendeu demais com este trabalho experimental, animado e conceitual que resgata o melhor da black music brasileira com um toque dançante, ousado e transgressor. Inspirado em Jorge Ben, ele não só questiona o futuro, como cria esperança para ele também com músicas que vem de um lugar de muitos sonhos e amor. É lindo de ver um artista leve e livre com sua arte. Entre grandes batidas, sintetizadores e um carisma contagiante, FBC nos levou para outro planeta nesta linda jornada musical.

Revamped - Demi Lovato (por Beatriz Amorim)

"Revamped" é com certeza um grande presente para os fãs nostálgicos de Demi Lovato. Isso porque a cantora reuniu seus maiores sucessos da carreira agora repaginados com uma roupagem rock. Hits como “Sorry Not Sorry”, “Neon Lights”, “La La Land” e “Give Your Heart A Break” ganharam uma sonoridade mais pesada, vocais mais maduros e ainda foram lançadas com parcerias como o guitarrista SLASH do Guns N' Roses, a banda The Maine, a guitarrista Nita Strauss e o cantor americano Bert McCracken, da banda The Used. Em seu instagram, Demi escreveu: “Dar uma nova vida para músicas que desempenharam um papel tão importante na minha carreira permitiu que eu me sentisse muito mais próxima da minha música do que nunca”. Para os fãs dos álbuns “Don’t Forget”, “Here We Go Again” e do “Holy Fvck”, “Revamped” é um passo empolgante e emocionante na carreira de Demi.

Rush - Måneskin (por Maria Eloisa Barbosa)

O Måneskin viu a própria carreira decolar após "Beggin", cover do Four Seasons, viralizar nas plataformas digitais em 2021. Diante do estouro mundial, a banda italiana teve o desafio de manter e, de certa forma, superar o nível que conquistaram com o lançamento de seu mais recente e terceiro disco, "Rush". Com nomes como Max Martin creditados na produção, o projeto mantém a ousadia e agressividade do rock que os tornaram famosos, acrescentadas à melodias pop, predominância de faixas em inglês e comerciais, que tornaram seu trabalho mais acessível ao mercado e à certa parcela do público. Ainda há a mesma essência jovem e atrevida, em faixas como "Baby Said", assim como a presença dos vocais rasgados de Damiano David e a química e o entrosamento de Vic de Angelis (baixo), Thomas Raggi (baixo) e Ethan Torchio (bateria). Ainda, de cereja do bolo, Tom Morello, guitarrista do Rage Against The Machine, colaborou na canção "Gossip".

Raye - My 21st Century Blue (por Gabriel Bonani)

Provavelmente uma das maiores surpresas musicais de 2023: a revelação de Raye com "My 21st Century Blues". Poucos artistas conseguiriam fazer um álbum tão versátil e coeso ao mesmo tempo, ainda mais com uma narrativa conceitual extraordinária como a que temos aqui. Com muita naturalidade, Raye combina sua voz, rouca e imponente como a de Amy Winehouse, com elementos do funk, blues, soul e hip-hop, tudo com muita atitude, resiliência e confiança, mesmo nos momentos mais melancólicos e vulneráveis. Este é um trabalho de libertação de uma artista que ainda tem muito a triunfar na Indústria. Não tem como não ficar empolgado com o estrelado de Raye.

Reversa - Carol Biazin (por Dandara Piedade)

O "Reversa" mudou a vida da Carol Biazin e de vários dos seus fãs também. Com um álbum repleto de sucessos, com direito a hits no TikTok, e com feats com grandes nomes da música atual brasileira, como Marina Sena e Baco Exu do Blues, REVERSA elevou Carol ao hall dos nomes de destaque na cena pop nacional. Se 2023 já foi especial, 2024 tem tudo pra ser o ano pra nossa ruivinha. Destaques do disco são "GLITTER", "Garota Infernal" e "Brinca com A".

Snow Angel - Reneé Rapp (por Gabriel Bonani)

Sem dúvidas, Reneé Rapp já é uma das principais promessas do pop dos últimos anos. Conhecida por interpretar Regina George no musical de "Mean Girls", a cantora surpreendeu ainda mais no seu debute. "Snow Angel" une R&B e pop rock em um combo voraz, nostálgico e muito certeiro em suas melodias, que soam muito comerciais, mas longe de serem genéricas. Neste trabalho, ela conseguiu mostrar todas suas facetas e potencial, com sinceridade, humor irreverente e som muito expressivo. Um disco muito potente que não pode passar despercebido por você!

Something To Give Each Other - Troye Sivan (por Alícia Araújo)

Quando Troye Sivan lançou o lead single “Rush”, o mundo todo já sabia que algo bom estava por vir. E o cantor com certeza não nos decepcionou!

Entre dançar no alto de um prédio em Bangkok e se montar pela primeira vez enquanto contracena com Ross Lynch, o artista entregou o dançante, ousado e libertador álbum “Something To Give Each Other”. As composições honestas e provocativas são acompanhadas por produções arrojadas, que misturam elementos do dance de diversas maneiras, sem medo de ousar e causar estranheza numa primeira ouvida. Mas não fique com medo e vá em frente, pois a recompensa é uma obra coesa, intrigante, fácil de ouvir, e que nos deixa ainda mais curioso para conhecer essa nova faceta do cantor.

Speak Now (Taylor’s Version) (por Thais Vieira)

Esperar pelas regravações, por qual era será a próxima a ganhar novos ares, reviver momentos tão especiais... Tudo isso tem sido o passatempo favorito dos fãs e admiradores dos trabalhos de Taylor. Com o "Speak Now (Taylor’s Version)" é admirável ouvir a voz da cantora mais amadurecida ressignificando sentimentos e histórias dos seus 19 anos. As regravações mostram o quanto as músicas conseguem ser atemporais em suas narrativas e ainda ampliando seus horizontes para os dias de hoje. Vale ressaltar que as faixas "From The Vault" (inéditas) são impecáveis e ainda constam com participações de Hayley Williams e Fall Out Boy. Extremamente icônico.

Sunburn - Dominic Fike (por Dandara Piedade)

Um exemplo perfeito de álbum sem “skip”. Dominic Fike lançou o “Sunburn” em julho de 2023 e, de lá até aqui, conquistou não só o público, mas também a aclamação da mídia especializada. Com direito a entrada na trilha sonora de um dos maiores filmes do ano com “Mona Lisa”, Dominic provou que veio pra ficar. Destaques deste disco são "Think Fast", "Dancing in The Courthouse" e "4x4".

That! Feels Good – Jessie Ware (por Gustavo Campanili)

A cantora parece ter encontrado sua zona de conforto em seu último álbum, "What’s Your Pleasure?" e não saiu das pistas com seu novo registro. As faixas estão ainda mais contagiantes, mas sem perder a finesse, como ocorre em “Pearls”, “Free Yourself” e “Begin Again”. Mesmo assim, Ware não deixou a peteca cair no seu quesito mais forte. As baladas românticas, como “Hello Love” e “These Lips”, estão ainda mais apaixonantes e ricas em detalhes. É um álbum que mescla bem essas duas figuras da cantora sem soar desconexo e contraditório. 

The Album - Jonas Brothers (por Beatriz Amorim)

Depois de marcarem o retorno da banda com o álbum “Happiness Begins” em 2019, os Jonas Brothers lançaram em maio de 2023, seu mais novo disco, intitulado “The Album”. Com influências dos grupos Bee Gees e The Doobie Brothers, o “The Album” é diferente de tudo o que Nick, Joe e Kevin já fizeram, trazendo um ritmo mais moderno, maduro, com vocais potentes, mas também com elementos retrô de clássicos dos anos 70. Em entrevista à revista Billboard, os irmãos definiram o disco como “uma janela para as nossas vidas. É a história de onde estivemos, o que aprendemos e onde estamos agora”. Nesse sexto álbum de estúdio da banda, eles passeiam por divertidas e emocionantes canções sobre relacionamentos, paternidade e carreira. Sou suspeita pra falar, mas vale a pena conferir!

The First Time - The Kid Laroi (por Beatriz Amorim)

Depois de explodir com hits como “Without You” e “Stay” em parceria com Justin Bieber, The Kid LAROI mostrou, mais uma vez, que tem talento e a versatilidade para continuar fazendo sucesso no mundo música e criando versos cativantes e explosivos com seu hip hop potente. Em novembro desse ano, LAROI lançou seu novo álbum “The First Time” e trouxe experiências de altos e baixos da sua vida pessoal, amorosa e de sua carreira. O disco passa pelos sentimentos mais angustiantes, vulneráveis e expressivos do cantor e talvez seja o lançamento mais honesto de The Kid LAROI até hoje. Destaque para as músicas “WHERE DOES YOUR SPIRIT GO?”, em homenagem ao falecido rapper Juice Wrld, que era seu amigo e mentor, “Too Much”, em parceria com Jungkook do BTS e o rapper britânico Central Cee, e a minha favorita, “Bleed”. Aconselho a ouvir o álbum inteiro e mergulhar em todas camadas de LAROI como se fosse a primeira vez.

The Record - Boygenius (por Gabriel Bonani)

Não é à toa que este projeto tem sido destaque da mídia especializada mundo afora, ocupando muitas vezes o topo da lista de 'Melhores Álbuns de 2023'. O álbum "The Record", do trio indie rock formado por Julien Baker, Phoebe Bridgers e Lucy Dacus, destaca-se pela harmonia, intimidade e poesia sentimental que encanta em cada música. Indo de histórias pessoais até temas universais de amor, medos e autoconfiança, o disco acolhe em um abraço reconfortante e impressiona em tornar o simples em algo tão transformador. Faixas como "Emily I'm Sorry", "True Blue" e "Not Strong Enough" demonstram a excepcionalidade deste trabalho, que tem grandes chances de levar o gramofone de Álbum do Ano no Grammy Awards 2024.

This Is Why - Paramore (por Dandara Piedade)

O “This is Why” é tudo o que os fãs de Paramore poderiam esperar de uma banda que simplesmente nunca erra! Se a experiência ao longo das 10 faixas do álbum já é singular, depois de ouvirmos alguns desses hits ao vivo conseguimos entender porque depois de tantos anos, esse ainda é um dos maiores nomes da cena. Uma banda que sabe se reinventar, sem necessariamente se manter igual a antes, mas sempre evoluindo e amadurecendo com o tempo. Genial.

Unreal Unearth - Hozier (por Guilherme Santana)

Após 4 anos desde o seu último lançamento, Hozier retorna com um indie-rock em “Unreal Unearth” - um álbum cheio de referências e com uma grande inspiração na obra Inferno de Dante. A composição do álbum começou logo nos primeiros dias de pandemia, onde o mundo havia virado de ponta cabeça. Um novo cenário. Daí que vem o “Unreal” (irreal). Já o “Unearth” vem com um significado de “cavar” ou “descobrir”.

O álbum segue um arco temático cativante, fazendo uma jornada muito bem construída pelos nove círculos do inferno, passando pelo limbo, ganância, fraude, etc. E, por fim, o álbum se encerra com uma sensação e o alívio de poder novamente ver o céu. Para entender mais de como este projeto é rico em sua construção, leia a review completa.

VÊNUS≠netuno - Day Limns (por Gabriel Bonani)


Maduro, conceitual, afiado e destemido. O segundo álbum de Day Limns, "VÊNUS≠netuno", não poderia ser mais assertivo. O sucessor de "Bem-Vindo ao Clube" explora mitologia, astrologia e dualidades com uma fusão perfeita de sua personalidade do rock e suas raízes do pop, trap e hip hop. Entre atmosferas agridoces, a cantora se reconhece, se constrói e se desconstrói ao longo do projeto, refletindo sobre idealização romântica, culpa e a interferência da religiosidade em sua vida. Incluindo faixas de grande potencial, como "KÁLICE", "CACOS" e "MINHA RELIGIÃO", "VÊNUS≠netuno" é uma experiência catártica e libertadora que mostra que não há ninguém como Day Limns no mercado atualmente. Ela é o tipo de artista que nos deixa cada vez mais animados por sua trajetória.

Wonderland - Seafret (por Guilherme Santana)

Uma história de escuridão se transformando em pura luz. É assim que Seafret visualiza “Wonderland”, seu mais recente álbum. Com músicas sobre sobre coração partido e outras sobre inspirações, o duo procurou tentar encontrar um equilíbrio dentro do álbum. "Wonderland" é sobre se desafiar, sair da zona de conforto e descobrir novos ares. É sobre desgosto e perdas, alegrias e novos amores.

Zach Bryan - Zach Bryan (por Gabriel Bonani)

Representando muito bem o country para além da própria bolha, Zach Bryan se supera em seu quarto álbum de estúdio, com direito a composições muito reais, que transbordam verdade a cada palavra cantada e a cada dedilhar no violão. De forma crua e sensível, ele acha um ponto de soul que torna o country ainda mais fascinante ao ouvinte. E ele traz sempre grandes convidados nesta jornada, incluindo Kacey Musgraves, The Lumineers, Sierra Ferrell e The War and Treaty. Em meio a letras melancólicas sobre vidas arruinadas, sua voz ressoa como um grito de humildade e esperança.

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