Dos quatro álbuns lançados por
Justin Timberlake, FutureSex/LoveSounds –
que completa 10 anos em 2016 – foi o
que o cantor obteve mais sucesso, assim como uma grande aprovação dos
principais críticos do mundo da música. Não estamos falando de um álbum qualquer,
e sim de um álbum que ganhou 7 indicações ao Grammy e que, sem dúvidas, é um
enorme marco para a música “pop”.
Justin Timberlake, em FutureSex/LoveSounds, diferente do pop
sem personalidade, amplia as vertentes musicais, viajando corajosamente pelo
R&B, Funk e Hip Hop, sempre com uma sonoridade bem sexy.
“FutureSex/LoveSounds”: O melhor jeito de começar o álbum foi, de
fato, com um groove sensual e leve, que consegue basicamente dar uma prévia do
que está por vir nas músicas seguintes.
“SexyBack”: Quem não lembra desse hit? É mais uma para a categoria “old, but gold”. O
primeiro single do álbum pega o ouvinte com muita intensidade, com frases
provocativas e de efeito, que ressaltam bem a imagem e o sexy appeal que Justin
Timberlake queria construir para essa nova era.
“Medley: Sexy Ladies/Let
Me Talk to You”: Este medley começa com um R&B incrível, lembrando
muito do estilo do Prince, e termina em um aquecimento perfeito para a próxima
música “My Love”.
“My Love”: Mais
um single memorável do álbum! Apesar do refrão repetitivo, está bem longe de
ser uma faixa ruim – eu diria até que é melhor que “SexyBack” –, pois Justin dá
conta de sua habilidade vocal, inovando com novos tons, e fazendo com que a
música nunca fique chata, por conta da alteração de ritmo dos versos, que não
perde a sintonia, de forma alguma.
“LoveStoned/I Think
She Knows”: A música começa numa pegada meio hip hop, meio disco-funk.
Ainda na mesma linha que as anteriores, Justin Timberlake canta sobre estar
obcecado por uma mulher, com violinos ao fundo e uma batida bem animada. Porém,
o que faz esta música ser tão especial é, com certeza, sua transformação um pouco
depois da metade: Justin Timberlake surpreende com a mudança para um clima
melancólico e romântico, no qual o violino toma conta. Na segunda parte da
música, Justin mostra vulnerabilidade e é o que estava faltando no álbum até
agora. “LoveStoned/I Think
She Knows” é uma das mais inovadoras do disco.
“What Goes Around.../...Comes Around”: É aqui que percebemos que a distribuição das faixas foi pensada com sabedoria. Os violinos da música anterior são mantidos, numa espécie de continuação para “LoveStoned/I Think She Knows”, entretanto, desta vez, combinando com batidas mais agitadas. Na primeira parte da música, Justin avisa que não é saudável estar tão apaixonado por alguém, pois você pode ser traído – o que comprova mais a minha teoria de que essa música não vive sem a anterior, pois se trata da mesma história. Porém, na segunda parte, Justin Timberlake é bem direto, dando um grande tapa na cara na linha do “eu te avisei”, com uma bateria e o instrumental impecável que “chamam pro fight”, criando uma certa agitação.
“Chop Me Up”: Numa parceria com Timbaland – que também produziu
quase todas do álbum – e Three 6 Mafia, essa música é hip hop puro, desde o seu
ritmo até suas letras explosivas. Vale ressaltar que o rap faz toda a diferença
na música, pois tem tudo a ver com a derivação sonora Da faixa.
“Damn Girl”: Nessa parceria com wiil.i.am, Justin Timberlake arrasa
nos falsetes, porém o que mais me atrai nesta faixa é o instrumental. A bateria
soa bem orgânica, parecendo até que é uma performance ao vivo. Ela está entre
uma das faixas mais suaves do álbum, e essa sensação é causada justamente por
conta do Jazz natural da música.
“Summer Love”: Eu diria que “Summer Love” é um dos melhores singles
já lançados por Justin Timberlake. A canção é cheia de estilo, e parece que
todos elementos estão colocados na medida certa e na hora certa.
“Set the Mood Prelude/Until the End of Time”: A partir daqui,
Justin Timberlake começa a deixar o ritmo cada vez menos energético, criando,
agora que está chegando no final, um clima completamente romântico que era
realmente essencial para o álbum.
“Losing My Way”: Essa música tem uma pegada diferente de todas as
anteriores. Se trata de uma faixa moralista em que Justin Timberlake vive uma historinha,
passando uma mensagem de “siga a luz, evite a escuridão” haha. Vocês podem
achar que estou exagerando e provavelmente devem estar pensando “Nossa, o cara
que cantava sobre sexo, agora quer dar uma de bom moço cheio de caráter”, mas é
exatamente isso, “Losing My Way” tem até uma pegada gospel que se fortifica no
final, devido à marcante participação de um coral.
“(Another Song) All Over Again”: Na versão standard, esta é a
última faixa. E para mim, foi um jeito notável de terminar esse disco: muito
soul na voz de Justin, assim como Michael Jackson fazia em suas baladas.
Bom, não é novidade pra ninguém que Justin Timberlake é um gênio da música. E isso se concretiza neste álbum. Se qualquer pessoa chegar em você e perguntar “Por que você gosta tanto do Justin?”, simplesmente faça o sujeito apreciar FutureSex/LoveSounds. No geral, é um disco coeso do começo ao fim em vários quesitos. Além da produção, o álbum tem uma ordem das faixas muito bem pensada, é como se as músicas se encaixassem perfeitamente em um quebra cabeça, que tem cada peça no lugar certo e na hora certa.
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