Maren Morris fala sobre sua carreira, as parcerias de sucesso e seu novo álbum


Cantora. Compositora. Produtora. Aclamada pela crítica especializada. Um sucesso country. Estamos falando de Maren Morris, que cantou recentemente com Niall Horan no single “Seeing Blind” e está bombando no mundo com o hit “The Middle”, parceria com Zedd e Grey. Nos dias 08/07 e 10/07, ela estará no Brasil para abrir dois shows do Niall, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. O Keeping Track aproveitou o momento e conversou diretamente com a cantora para saber a expectativa dos shows e falar um pouco sobre sua carreira!

Para te situar um pouquinho, Maren Morris teve sua estreia na Columbia Nashville com seu disco de sucesso Hero, responsável por vários hinos, incluindo "My Church" e "80s Mercedes". Foi aí que a cantora estourou no mercado, recebendo o prêmio de "Artista Revelação" no Country Music Awards 2016 e de "Melhor Música Solo Country" no Grammy 2016, com "My Church".

Desde então, por onde passa, Maren Morris cativa cada vez mais fãs, conseguindo um destaque maior que o outro no mundo da música. Apenas com 28 anos, a cantora já é um dos grandes nomes do country americano atual. E não para por aí: Maren vem também se aproximando dos disputados holofotes do pop a cada instante, fazendo um enorme sucesso ao lado de Zedd, com "The Middle", e Niall Horan, com "Seeing Blind".

Prestes a decolar no Brasil para abrir os shows do Niall, batemos um papo com a cantora para falar sobre todas essas conquistas que vem se passando na sua vida. Maren aproveitou, inclusive, para adiantar alguns detalhes exclusivos sobre seu segundo álbum com o selo da Columbia/Sony Music. 

Confira a entrevista na íntegra: 

KT: Olá Maren! Estamos ainda sem acreditar que estamos entrevistando uma lenda como você.

MM: Aw, isso é muito doce! Vocês são minha primeira entrevista na América do Sul, eu estava muito ansiosa por ser justamente do Brasil!

KT: Falando em lendas, você recentemente se tornou uma após o sucesso do álbum Hero e os inúmeros hits que o disco trouxe. Você imaginava receber tanta aclamação e até nomeações ao Grammy com ele?

MM: Não, nunca imaginei, de verdade. Acredito que eu sempre tenha sonhado que isso pudesse acontecer um dia, mas não com meu primeiro álbum. Eu sempre esperei que isso acontecesse, mas achava que levaria mais tempo para as pessoas darem algum reconhecimento, caso dessem, para o disco. Eu acho que ninguém ficou mais chocada do que eu quando isso aconteceu, porque quando o álbum saiu, recebeu muita aclamação e positividade. 


KT: Algum tempo atrás, escrevemos uma review sobre sua carreira para o blog te apresentando ao público brasileiro, já que o country americano não é tão popular aqui. O que foi mais comentado pelos leitores é como você consegue criar canções que são, em suma, country, mas possuem fortes influências pop e soul. Essas influências, são de propósito?

MM: Sim, claro. Eu não acho que seria a artista que sou hoje se não tivesse sido tão inspirada por artistas que eu cresci ouvindo, então eu fui muito inspirada por artistas tanto country quanto pop. Então, enquanto escrevia e produzia meu álbum, todos esses ‘sabores diferentes’ acabaram entrando na mistura do processo de criação. Mas eu queria dizer também que considero um elogio enorme pessoas que normalmente não ouvem country me ouvirem, sentirem e entenderem o sentimento do meu trabalho. Eu amo isso.

KT: Inclusive, vir ao Brasil trazendo seu repertório com influências country é muito legal. Muito obrigado por fazer isso, é um sonho se realizando.

MM: Pra mim também é um sonho se realizando! Eu nunca achei que poderia fazer uma turnê na América do Sul, e eu acredito que “The Middle” possa ter ajudado a fazer as pessoas me conhecerem, me dando a oportunidade de vir aqui. Elas me ouvirem e quererem me ver ao vivo é simplesmente um sonho, ainda mais sendo a primeira vez que eu venho aqui.


KT: E você está vindo junto com o Niall, com quem você já colaborou. Então agora lhe pergunto: existe algum nome da música que você sonha em colaborar? Inclusive, muitos fãs seus sonham numa parceria com Carrie Underwood.

MM: Sério? (Risos). Isso é muito engraçado, porque eu escrevi para a Carrie algumas semanas atrás que poderíamos fazer algo juntas. Então, provavelmente vá sair uma colaboração um dia. Mas em geral… eu adoraria trabalhar com Ed Sheeran, porque ele é simplesmente tão sentimental e compõe todas as suas canções, então como compositora do meu repertório, eu sinto que seria um bom encaixe. Mas agora estou perdida, porque minha mente está rodando inúmeros nomes que eu queria colaborar! (Risos) Bruno Mars, também. Mas sabe, estar aqui com o Niall tem sido tão divertido, ele é bem mais internacional do que eu e me ajudou a ter a chance de estar fazendo turnê em tantos lugares que eu nunca pensei que fosse conhecer. Aliás, eu acho que como artista, eu sempre vou passear entre o mundo country e o mundo pop, porque se eu tivesse que escolher, escolheria ambos. É bem mais divertido assim.

KT: Você acabou de matar minha última pergunta! (Risos) Eu iria perguntar justamente se você está trabalhando no seu próximo álbum e se a sonoridade dele seria mais eletrônica, como “The Middle”, mais country-soul como Hero ou mais country-pop como “Seeing Blind” ou se você não rotularia ele.

MM: Bom, a gente literalmente acabou de começar a trabalhar nele. Então, nos próximos meses eu provavelmente terei uma resposta melhor e uma ideia melhor sobre o direcionamento do álbum, porque tudo que gravamos até agora está bem cru. Mas eu acho que vai ser levemente mais pop e soulful do que Hero, mas não tão pop quanto a canção do Zedd ("The Middle"). Então a resposta definitiva é que vai ser um pouco como o Hero, mas mais maduro e pensado. O som pop, provavelmente, vai ser mais interessante nessa fase, mas o country ainda vai prevalecer. Com certeza eu vou inserir elementos “pop divertido” e soulful, mas muito dele vai ser feito apenas de lindos momentos country. 

KT: Desculpa te perguntar tão cedo sobre o álbum, é que o segundo álbum sempre traz uma grande ansiedade por curiosidade do direcionamento. 

MM: Não precisa se desculpar! Eu também fico ansiosa. Às vezes, eu queria que não levasse tanto tempo para fazer as coisas, mas coisas boas e bem feitas levam tempo e é isso que estamos fazendo. 

KT: E como está a expectativa para o show no Brasil?

MM: Eu estou esperando muita diversão e energia pelo que me disseram do país, que eu estou metade ansiosa e metade animada. Claramente eu já ouvi falar muito do Brasil e como vocês são apaixonados e intensos e amorosos, e vir fazer shows aqui sempre foi algo que eu me perguntei como seria. Então estar aqui pela primeira vez realmente dá um frio na barriga.

KT: Você se apresentou no Grammy com Alicia Keys, cantando “Once”, logo após ganhar seu primeiro Grammy. Como foi esse momento?

MM: Ah, ela é uma das artistas mais incríveis que eu conheço. E eu já tinha performado com ela antes do Grammy, numa premiação da TV fechada dos EUA. De qualquer forma, foi muito emocionante e sentimental cantar essa canção com ela, que ela deixou a cara dela. Quando eu fui nomeada ao Grammy, eles me perguntaram se eu gostaria de fazer alguma colaboração, e quando escolhi Alicia, “Once” era a opção mais certa. E foi tudo logo depois de ganhar o meu primeiro Grammy, então foi tudo muito… nunca vou esquecer aquele momento. 



KT: E recentemente você surpreendeu todo mundo lançando sua parceria com o Zedd e Grey, “The Middle”. Como essa colaboração aconteceu? Você esperava que fosse um hit nessas proporções?

MM: Bom, uma vez que eu ouvi a música, eu sabia o quanto ela era boa por ser tão catchy. Eu quis ser parte da canção porque eu sabia o quão grandiosa ela era, então eles me enviaram a demo alguns meses antes de lançarmos no iTunes e deu certo. Meio que ‘caiu no meu colo’, mas foi ótimo. Eu amei gravar os vocais dessa canção, poder brincar com a voz e ter tanto sentimento numa canção eletrônica. Uma vez que a música foi lançada e as pessoas começaram a ouvir, de repente todo mundo sabia quem eu era e se tornou esse hit massivo. É tão estranho ouvir uma música sua tomar conta do mundo e ouvir sua voz em todo canto. Eu amo performá-la ao vivo, e estou animada para performá-la aqui, pois sei que é uma canção que pode agradar fãs de qualquer estilo musical. Aposto que vão estar cantando o refrão bem alto, assim como eu! (Risos)


KT: Sem dúvidas, eles vão estar. Espere e verá! (Risos). Mas mudando de assunto, você está vindo em turnê com o Niall. A música de vocês dois, “Seeing Blind”, é maravilhosa. Como aconteceu essa colaboração e como é estar em turnê com ele?

MM: Tem sido tão tranquilo! Quer dizer, "Seeing Blind" foi lançada ano passado e nós nunca tínhamos nos encontrado pessoalmente ainda. Eu realmente amava a canção e pouco tempo depois que eu gravei os meus vocais, nos conhecemos pessoalmente numa premiação country na Califórnia. E as coisas foram acontecendo, rolando, conversas aqui e ali, ideias em todo canto, e então ele aceitou de fazermos uma turnê juntos. Já fomos nos EUA, Austrália e agora estamos quase entrando para nosso primeiro show na América do Sul. Tem sido muito divertido, o público sempre é incrível e ele e a banda dele são tão calorosos. É maravilhoso.


KT: Você escreveu uma canção certa vez para Kelly Clarkson, “Second Wind”. Anos depois, você colocou no seu álbum. Como é ouvir outras pessoas cantando suas composições, tipo a Kelly?

MM: Nossa, eu ainda me arrepio até hoje ouvindo a versão dela. Ela gravou alguns anos antes de mim, mas era uma música tão pessoal que eu senti que também pertencia ao meu álbum. Mas eu sou tão grata a ela por ter gravado algo que eu compus. Ela é uma das melhores cantoras da história, então essa experiência nunca seria algo desapontante. Inclusive, nos conhecemos apenas recentemente, alguns meses atrás, e ela foi tão doce e comentou sobre “Second Wind”, sobre como amou que eu também tenha gravado a canção e que agora ela pode ouvir sem ser ela mesma cantando (risos). Mas é, de fato, uma canção muito especial.

KT: Agora uma última coisa: você tem alguma mensagem para o Brasil e seus fãs daqui?

MM: Sim! Tenho! Eu queria dizer que eu sempre quis ir ao Brasil, desde nova, então é um sonho se realizando. Eu recebo todo o amor de vocês via mídias sociais, todos os comentários “come to Brazil!” (risos). E agora que eu estou realmente indo ao Brasil, eu não poderia estar mais animada e grata. Eu mal posso esperar para performar aí.

KT: Desculpe, mas não vou poder ir ao show porque não moro nas cidades principais. Mas eu sei que vai ser incrível e você vai arrasar.

MM: Eu já estou animada para voltar ao Brasil e eu nem fui ainda! (risos). É um país enorme, eu preciso ver mais dele, então se você não pode ir nesse, você vai no próximo. E então, podemos nos conhecer pessoalmente!




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