Com participações especiais da banda O Grilo e do vocalista do Skank, Samuel Rosa, a banda mineira Daparte realizou o show de lançamento do Fugadoce, segundo álbum do grupo. E, além de curtir muito, o Keeping Track bateu um papo com os integrantes antes do show.
Realizado no último dia 19, no Mercado Distrital do Cruzeiro, em Belo Horizonte/MG, o show contou com muitas canções do projeto mais recente, além de algumas faixas do EP Como Não Se Lembram, produzido inteiramente durante a pandemia. O público também fez bonito, cantando muito alto e aproveitando cada segundo. E é óbvio que o Keeping Track não iria perder a oportunidade de curtir o show e conversar com a banda, que falou sobre a expectativa de finalmente voltar aos palcos.
P: Qual a sensação de finalmente voltar aos palcos?
João: Ah, é muito tempo de espera né? Mas estamos bem ansiosos. Eu acho que o dia hoje está prometendo. O pessoal já chegou em peso. A gente já está vendo aqui que tem uma galera esperando pra ver a gente. E estamos super empolgados pra poder voltar a fazer show!
P: Vocês diriam que o Fugadoce foi pensado também para o ao vivo? E se sim, de que forma vocês imaginaram ele ganhando força nos palcos?
Cebola: A gente achava que precisava de um pouco mais de músicas pra show, pra levantar as pessoas, e esse álbum foi feito pensando nisso, né? Em ter essas canções com uma pegada mais pra cima, pra não deixar o ritmo cair ao longo delas. E é isso, Fugadoce veio justamente pra ser esse escape tanto nosso, né? Foi pra nós um escape no momento de confeccionar o álbum e vai ser para as pessoas que vão escutar as músicas nos shows ao vivo.
P: Qual música vocês estão mais animados para ouvir o público cantando?
Crase: Eu quero tocar “O Eterno em Caraíva”. Nem tô ligando muito pro que o povo vai cantar, eu quero tocar essa música! (E sim, eles tocaram!)
Juliano: Eu tô muito animado pra tocar “Você Gosta Dela”, né? Porque acho que essa galera toda vai cantar muito, e “Queria Eu” também, que é uma música que a galera tá gostando bastante.
P: A banda de abertura é a Noema, que começou a lançar singles agora em 2021. Vocês planejam trazer mais bandas que estão começando para shows de abertura? Por que vocês acham que é tão importante chamar bandas que estão começando para abrir os shows?
João: Imagina você pagar o ingresso e ver só show da Daparte, que desgraça gente, tem que botar uma banda boa pra tocar. (risos)
Crase: Eu sou muito fã do baixista da Noema, o Gui Fausto, aí a gente resolveu dar essa oportunidade pra eles, é uma galera que tá começando, a gente bota fé no som e acha que soma bastante pro evento.
Cebola: Eu acho que mais importante que isso também é que a gente um dia ocupou esse espaço de uma banda que tá começando, e precisar da banda maior para dar esse suporte de levar eles pro palco né? Maior visibilidade. Então a gente tá com essa posição privilegiada hoje e a gente tá dando lugar pra essa banda que precisa também, né? Então acho legal vindo dessa parte.
P: Vocês também estão super bem acompanhados do Grilo para uma participação especial. Como rolou esse convite? Como é tê-los aqui?
Juliano: Então, o Grilo é uma banda de São Paulo que a gente sempre teve uma afinidade assim, pelo som que eles faziam e tal. Quando a gente lançou o primeiro disco, o Charles, eles já tinham lançado um disco deles também, que é o disco que tem “Serenata Existencialista”, e a gente já vinha meio que flertando assim na internet e tal.
Cebola: As pessoas tavam pedindo Daparte e Grilo direto.
Juliano: Aí um dia o batera deles chegou, acho que falou com o Daniel, “ou, vamos quebrar esse gelo, fazer um grupo no whatsapp” e tal, aí a gente “bora”, a gente gosta de vocês.
João: E o Samuel, o Juliano nasceu dele.
P: Falando em Samuel Rosa, qual é a sensação de cantar com ele nesse momento tão importante pra Daparte?
Juliano: A gente sempre dá entrevista para o Keeping Track (risos). Mas é isso aí que você tá vendo, bebendo cerveja, uísque, escutando música.
P: Para os fãs do Brasil todo, vai ter muito show em 2022?
João: Ah, vamos fazer shows em todos os lugares do mundo.
Juliano: Tem Rio de Janeiro aí que a gente tá animado pro festival Spanta, que é um festival grande. A gente também fez Campinas anteontem (dia 17/12), foi lindo, galera tava cantando as músicas, tava com uma energia bem legal. Acho que deu até um quebra gelo pra esse show de hoje e tal. São Paulo, Manaus também, né?
Cebola: Tem chance de ter Juiz de Fora. Vai ter BH de novo no final do mês que vem.
João: E que 2021 acabe logo, foi um ano horrível pra todo mundo né? 2020 e 2021 foram péssimos anos, e que 2022 seja um ano mais bonito, solar, saudável, muita música e muito festival pra todos. Todo mundo só no doce, sem fuga!
Agora é só aproveitar o Fugadoce e torcer para a Daparte fazer show na sua cidade!
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