Com lançamento de livro, Day Limns continua fazendo história em seu trabalho tão próximo dos fãs!

Era possível ouvir os gritos dos fãs de DAY LIMNS por todo o Shopping Pátio Paulista, local em São Paulo onde aconteceu uma sessão de autógrafos do livro “Esta não é apenas uma carta de amor”, escrito pela cantora. Ela estava no meio da Livraria da Vila, rodeada por uma fila de admiradores ansiosos, enquanto conversava tranquilamente em pé com os jornalistas.

Day gesticulava com as mãos, ria e parecia muito à vontade segurando um pirulito vermelho de coração. A cantora vestia um suéter vermelho e preto, à la Kurt Cobain, com uma regata branca por baixo. Qualquer mínimo movimento era percebido pelos presentes, que foram à loucura quando ela, por um instante, tirou a blusa de lã.

“My emo phase will never die”, ela brinca, ao olhar a camiseta vestida por mim com os dizeres “my emo phase will die when i die”, elogiando em seguida a marca da roupa (fundada por Oliver Sykes, vocalista do Bring Me The Horizon, e sua esposa Alissic). “A Lobo Bobo é foda”.

O lado “emo” de Day reflete no seu trabalho, sobretudo no álbum de estreia pop-rock disponibilizado no ano passado Bem Vindo ao Clube. Paralelamente ao disco, a artista escreveu o livro recém-lançado. “Eu achei que eu tinha alcançado toda emoção possível escrevendo minhas músicas, porque eu expresso minhas emoções, minhas frustrações, tudo, nas minhas músicas. E o livro é como se fosse a minha história sendo tão exposta e tão na cara das pessoas. Eu queria que parecesse um livro, eu não queria que parecesse uma cantora escrevendo mais um livro com um monte de musiquinha”, explica sobre o processo.

Em suas palavras, fazer a obra foi mais complexo em todos os sentidos. “Não é tão simples quanto parece, são mais páginas, mais parágrafos, mais buracos que você precisa preencher, mais sentido que você precisa fazer. Foi uma parada que consumiu bastante da minha energia, do meu emocional e do meu tempo”.

Escrito com a colaboração de Alessandra Ponomarenco Justo, “Esta não é apenas uma carta de amor” mostra uma outra faceta de DAY, até então desconhecida. Além de letras e ilustrações, o projeto inclui textos poéticos, cheios de camadas. A intenção era realmente essa: trazer profundidade de uma forma inédita em sua carreira.

“Eu preciso que a minha música seja acessível, que as pessoas entendam o que eu estou falando. Eu sempre coloco referências de coisas, analogias, mas eu acho que são mais acessíveis. Para o livro, já era uma parada diferente. Eu escrevia as músicas primeiro porque a música me norteava para o livro e o que me norteava para música e para o livro era minha história. Nem tudo é 100% de verdade, mas todas as sensações são verdade. Acho que o livro é sobre pintar sensações, sensações que algum dos momentos que eu vivi me causaram. Eu tornei as músicas mais acessíveis no lugar de narrativa e o livro é um pouco mais rebuscado”.

Como as faixas do Bem vindo ao Clube guiaram o rumo do projeto, quando perguntada sobre uma outra trilha sonora para o livro, Day hesita. “Eu não sei… essa é uma pergunta impossível de responder… talvez…” (nessa hora, ela ri e fala que é aquele momento do texto escrito “longa pausa”). “Acho muito difícil responder essa pergunta, porque foi muito uma coisa pensada, não sei se eu consigo imaginar outra trilha sonora”.

Ela, então, vira para os fãs apaixonados e pergunta em voz alta, duas vezes para sobressair o barulho: “Qual seria uma outra trilha sonora para o meu livro que não fosse meu álbum?”. Várias respostas incompreensíveis vieram e Day chega em uma conclusão. “Mano, acho que Sour da Olivia Rodrigo, porque é o momento da adolescência dela com um monte de frustração”.

Já falando das principal inspiração literária para o livro, a goianiense tem o nome na ponta da língua. “Vai parecer uma resposta muito estranha mas a Bíblia, foi o livro que mais li. Quando você ler o livro, você vai ver várias analogias da bíblia. Foi o livro que mais me inspirou, não posso negar”.

Poucos minutos depois, Day senta e começa a assinar os primeiros livros com “Um Bjo, Day”. “Eu não sei autografar”, ela diz divertida, posando para fotos segurando o trabalho. A artista dá atenção para cada fã, conversando, abraçando, sorrindo sincera para as imagens e realmente feliz de estar ali. Agora, além de uma ótima cantora, compositora e performer, DAY LIMNS também é escritora.

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