Holly Humberstone lança o envolvente e reflexivo álbum de estreia “Paint My Bedroom Black”

Dona do hit “Fallen Asleep In The Wheel” e uma das promessas mais aguardadas do mundo da música, a britânica Holly Humberstone acaba de lançar seu primeiro álbum, o sincero, contagiante e intimista Paint My Bedroom Black.

Passeando por produções intimistas e agitadas, acompanhado de letras românticas e amargas, o disco de estreia reflete muito bem o que a própria cantora esperava para o projeto. “Eu me sinto como duas pessoas diferentes na metade do tempo. Meu maior desafio é sempre fazer algo que eu sinta que nunca fiz antes, que reflita novas partes de mim”.

O disco começa com a faixa-título “Paint My Bedroom Black”, um pop intimista que aborda a libertação da cantora das amarras do passado, deixando evidente que o seu debut é o início de um novo universo construído ao longo desses dois anos.

A dualidade da tracklist não demora a aparecer com a contagiante “Cocoon”, cuja produção é uma ótima mistura de folk com pop rock. E não espera muito para diminuir a intensidade na balada “Kissing In Swimming Pools”, que tem um quê de Billie Eilish e fala sobre amar alguém intensamente.

Um dos principais destaques do álbum é a canção “Superbloodmoon”, uma parceria entre Holly e o cantor norte-americano d4vd, de apenas 18 anos. A química vocal dos dois é excelente, e a produção que flerta com sintetizadores para trazer um ar de estranheza intergaláctica deixa tudo ainda melhor.


“Antichrist” pode até assustar pelo título profano, mas na verdade aborda, e com muita sinceridade, um relacionamento que não deu certo por culpa de Holly. A britânica reconhece o erro e em trechos como “Should have handled with care, you were rare, my darling / So let me make this clear / I'm the only problem here” se martiriza por ter amado errado.

Outro destaque é a faixa “Flatlining”, que também narra um amor que morreu e não vai voltar, nem mesmo na forma de amizade. A canção é uma das mais experimentais, seja no ritmo, que vai de mid-tempo até flertar com o rap, seja na produção, que brinca com o som do monitor de batimentos cardíacos. Em trechos como “We just can't be friends anymore / I pulled the plug and let the line go flat / Now there's no coming back from that” fica evidente a esperteza da cantora ao brincar com o equipamento médico tanto na composição quanto na sonoridade.

A produção mais sexy fica por conta da canção “Girl”, que coloca a cantora como uma observadora, uma admiradora que deseja ser amada por uma pessoa em específico. Holly passa boa parte da faixa cantando sobre como em um mundo perfeito ela seria a garota ideal, e reserva a surpresa para a bridge em que revela que o seu alvo de admiração já tem outro alguém.

Mostrando muita coragem ao experimentar com diferentes nuances de seu som, Holly Humberstone se prova uma potência a ser observada. Sua sinceridade visceral ao abordar diversos assuntos colocam seu disco de estreia com um forte candidato à queridinho pelos fãs de um bom alternativo. Agora nos resta saber quais serão os passos dessa querida britânica, não é mesmo?

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