Taylor Momsen rouba cena no show ardente do The Pretty Reckless em São Paulo



Ontem (11/03) rolou mais um showzão organizado pela Move Concerts em São Paulo. The Pretty Reckless, banda de alternative metal liderada por Taylor Momsen, agitou o palco do Espaço das Américas e colocou todo mundo pra cantar os grandes hits da carreira do grupo, incluindo sucessos dos álbuns antigos e do Who You Selling For, o último disco lançado.

Com muitos fãs na casa, The Pretty Reckless mostrou para todos como incendiar um palco com muita personalidade, principalmente por parte da Taylor. A banda já entrou com a acelerada “Follow Me Down”, enlouquecendo o público, que pulava sem limitações com a mão chifrada para cima. Aliás, a galera da plateia parecia compartilhar muita identificação com cada performance da banda. Ao longo do show, todos disfrutaram de momentos épicos, como em “Make Me Wanna Die”, “Heaven Knows” e “Going To Hell”, em que o pessoal celebrava freneticamente os grandes hinos da banda. Enquanto por outro lado, também os fãs puderam ter aquele momento emocionante com a instrospectiva “Who You Selling For”, que segue uma linha menos rebelde e mais vulnerável – talvez não ao ponto de chorar, porém ainda foi de pesar o coração.

Mesmo com os longos intervalos entre cada música, que me incomoda um pouco aliás, quem assistia nem ligou e aproveitou para pedir “Zombie”, uma faixa queridinha dos fãs, e foi de arrepiar quando a banda surpreendeu todos e, atendendo os pedidos, tocou essa música tão esperada e deixou todo mundo louco. Porém, para mim, nada se iguala à performance de “Just Tonight”, na qual todos os instrumentos, junto à voz da Taylor, ecoaram direto no meu coração numa batida muito verdadeira e eletrizantemente dramática. Este último momento em específico, foi de congelar qualquer um com fortes arrepios e ainda levar para outra dimensão. Foi extremamente poderoso. 

O show por inteiro foi delirante, mas devo comentar aqui sobre como a Taylor Momsen rouba a cena durante todo o show, seja pelo bate cabelo inacabável, pelas suas caras e bocas tão misteriosas ou pelo seu timbre de tirar o chapéu. Taylor acaba sendo a queridinha e a preferência de quase todos da plateia, e isso é perceptível a todo momento, principalmente porque só gritavam o nome dela durante todo o show, até quando o guitarrista Bem Phillips ia tentar fazer um rápido discurso, tornando tudo um pouco desequilibrado e chato para a banda. Claro que a culpa é um pouco dos fãs, que desmerecem o trabalho dos outros, mas isso também poderia ser mais trabalhado nos ensaios para dar um destaque igualitário para todos os membros e evitar situações chatas como essas.

Acho essencial ter mais dinâmica entre os membros do grupo, talvez alternando os lados no palco e explorando todas as partes, para rolar mais interaçã. Apesar do som que não podemos reclamar, os outros integrantes pareciam mesmo só uma banda de apoio, agregando somente no visual heavy metal e brilhando só quando havia grandes solos instrumentais em que a Taylor ficava em segundo plano. Como uma banda, eles possuem um potencial incrível, porém há muito o que melhorar quanto ao entrosamento entre todos, porque de resto está sensacional.

No geral, The Pretty Reckless soube exaltar vários sentidos no palco, seja com um solo de guitarra aqui ou com a fenomenal performance artística de Taylor Momsen ali, sempre com muitos olhares sensuais e enigmáticos da cantora. Senti falta do resto da banda chamando mais atenção, mas isso não muda o fato de que o grupo de heavy metal tornou o show memorável para muitos paulistas que o assistiam. 

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