Isa Buzzi explica conceito por trás de “Ferve” e muito mais em entrevista

Isa Buzzi, sem dúvida, é uma das promessas do pop brasileiro! Na última sexta-feira, dando continuidade aos seus lançamentos, a cantora disponibilizou a divertida faixa “Ferve”. Com uma letra empoderada e uma sonoridade que mistura vários estilos, a canção marca uma nova fase da carreira de Isa. Em entrevista ao Keeping Track, a artista contou tudo sobre o single, seus planos futuros e muito mais.

O conceito e a inspiração por trás de "Ferve"

“Ferve” é o começo de uma era para Isa. É o primeiro lançamento em que ela está envolvida em todas as partes, até no figurino e na maquiagem, e a primeira vez em que ela aborda o empoderamento de uma forma diferente. “Eu venho de uma onda de lançamentos mais sutis, mais menininha, fofinha, e eu acho que ‘Ferve’ é a quebra disso. Traz muito dessa questão do empoderamento feminino, da voz das mulheres, fala muito sobre desapego, sobre aproveitar a vida”, diz.

A mensagem da letra se estende para o visual da faixa. As cores são vibrantes e toda a escolha do cenário e do figurino tiveram um motivo, como descreve Isa. “A gente queria trazer nas roupas o laranja e o verde, que são cores brasileiras. A ideia do terno verde da capa meio desconstruído veio do Brasil antigo, em que as pessoas usavam muito esse terno nessa coloração. A estética do vermelho atrás é para representar o fogo e a brincadeira que a gente fez com o pirulito ali na capa foi muita coincidência. Era pra ser um pirulito normal e no dia que eu fui comprar só tinha o de coração e eu falei, ‘cara, genial, tô queimando um coração’ [risos]”.

No início, a ideia era totalmente oposta. A artista relata que havia pensado em usar casacos de pelo e ursinhos de pelúcia no cenário. Entretanto, ela ficou receosa de transmitir uma vibe mais fria e europeia e por isso, novas concepções foram surgindo. “Eu sempre brinco que o conceito da música tá ali dentro, a gente que vai procurando".

Por ter começado a sua carreira muito nova, Isa acredita que os temas abordados em suas primeiras faixas, quando tinha 15 anos, se diferem muito do que ela gosta de cantar atualmente. “Hoje em dia eu já vejo uma outra Isa, com uma outra cara, querendo talvez até conversar com outro público (...) eu olho para os meus trabalhos passados eu não me vejo ali, muito por evolução, porque a gente cresce, mas também muito por terem moldado uma pessoa que eu não era e que eu nunca fui”. Por isso, “Ferve” é como um renascer das cinzas, segundo ela.


Paixão pela música

O amor pela música vem desde que Isa era pequena. Ela fazia várias apresentações na escola e sua música favorita de cantar era “Erva Venenosa”, de Rita Lee. “Eu acho que a Rita Lee é a primeira girl power que eu tive contato na minha vida e conforme eu fui crescendo, fui percebendo a importância e a influência que ela tem no meio musical como mulher. Tenho uma admiração enorme por ela, meu sonho é um feat com ela [risos]”.

No entanto, por estudar numa escola rígida de Santa Catarina, a paixão musical ficou de lado por alguns anos, até chegar no ensino médio, quando teve certeza de que queria ser cantora profissionalmente. “Aconteceu um show muito incrível próximo a cidade onde eu moro, chamado Luau do Planeta, e eles me convidaram pra cantar. Na época eu fazia pouquíssimos shows, fiquei muito surpresa com o convite e muito nervosa, porque eram muitas pessoas”.

Além de cantar, Isa toca instrumentos, como o ukulele, que fez parte do primeiro vídeo postado em seu canal no YouTube. "Embora não tenha muito do ukulele nas minhas músicas, eu continuo tendo um apego muito grande pelo instrumento, então eu sempre gosto de fazer versões diferentes das minhas músicas, das músicas de outras pessoas”. A cantora ainda se aventura nas produções e cogitou fazer faculdade de Produção Musical. Como ela não tinha essa opção em seu estado, decidiu realizar então alguns cursos do ramo e chegou a trabalhar num estúdio.


Conforme foi crescendo, a catarinense aprendeu mais sobre o meio. Agora, ela é uma artista independente e explica como é ser uma cantora sem uma gravadora por trás. "Acho que hoje em dia, graças à internet, a gente teve uma oportunidade muito maior de crescer sem precisar necessariamente das gravadoras. Eu por exemplo, como uma artista independente, tô crescendo muito mais do que quando eu tava numa gravadora, então eu gosto muito de mostrar isso para as pessoas. Muitos artistas às vezes acham que só vão deslanchar na vida e só devem começar de fato a batalhar a partir do momento que tiverem uma gravadora. Hoje em dia o público tem essa visão de apoio, de ajudar, o que já foi muito diferente”.

O maior conselho que ela dá para artistas que não recebem tanto apoio é acreditar neles mesmos. "Ninguém nunca vai te apoiar do jeito que você se apoia, ninguém nunca vai agarrar o seu sonho do jeito que você o agarra. A gente tem que se empenhar, jogar a cara mesmo, o começo é difícil e eu sei que sempre será difícil, mas eu acho que o importante é a gente acreditar. Antes feito do que perfeito né, é melhor a gente começar de algum ponto”, reflete.

Planos futuros

A cantora já adianta que teremos mais um lançamento este ano e muita coisa para o ano que vem. Inclusive, fazer um álbum está no seu planejamento.

Quando a pandemia acabar, a catarinense pretende se mudar para São Paulo. Muito animada para esse momento, Isa pensa em procurar uma faculdade de Produção Musical na cidade, mas seu foco são os shows. “Eu acho que São Paulo é o polo pra quem trabalha com arte, eu acho que é aí que a gente encontra nossas maiores e melhores oportunidades”.

Mais para frente, performar pelo país inteiro é uma meta da cantora. “Eu quero muito poder rodar o Brasil fazendo muito shows e eu espero de coração que a minha música, a minha mensagem, a essência do que eu quero passar pras pessoas, cheguem até elas e que a gente possa se conectar”.

Por gostar muito da parte estética das músicas, ela também não descarta um álbum visual para o futuro. "Eu amo pensar nos conceitos da música porque eu acho que é muito incrível a gente poder passar através do olhar, da arte que a gente monta, o que a música quer dizer. Essa é uma das minhas partes favoritas do trabalho”, confessa.

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