Para a alegria de todos, OneRepublic está de volta para nova era com single novo, intitulado “Wherever I Go”. E para mostrar que já estão com tudo, a banda aproveitou para lançar o videoclipe da música, que, apesar de parecer meio bobo, faz uma grande crítica do capitalismo no universo do trabalho.
Bom, com três anos
de lançamento do último álbum, a saudades da banda só aumentava. Claro que Ryan
Tedder sempre está escrevendo grandes hits para outros artistas, mas quando o
material é para o OneRepublic, dá para notar a diferença. As músicas da banda,
por mais que estejam se inclinando cada vez mais ao EDM, sempre nos oferecem um clima emocionante e inspirador. Podemos até dizer que se formos ouvir a
discografia da banda, a viagem pelas mais diversas sensações é garantida, ainda
mais com a voz de Tedder, que nunca falha em construir adrenalina. Então, a
confiança e expectativa para os trabalhos de OneRepublic sempre são
depositadas, e com “Wherever I Go” não poderia ser diferente.
Em si, a música já constrói uma parada energética que mesmo não se
comparando à magnitude de “Counting Stars”, possui um potencial enorme. É
interessante como a banda sempre mescla melodias explosivas e chamativas com
letras um tanto quanto reveladoras. Com “Wherever I Go”, Ryan abre o jogo sobre
um amor mal resolvido, que acabou devastando toda a vontade dele de viver. No
clipe, essa situação é muito bem representada através de um trabalhador que,
inserido no mundo capitalista mercantil, se mostra extremamente desamparado,
com a vida sem cores (literalmente!) e sem sentido. Porém, através de uma
excelente crítica, o personagem dá a volta por cima e acha a solução para essa
recaída, tornando o ambiente bem mais divertido. E é aí que percebemos que há muito
a se aprender com esse videoclipe, que nos oferece formula mais simples da felicidade.
Dirigido por Joseph Kahn (Backstreet Boys, Britney Spears, Taylor Swift), o video é uma representação perfeita de nós mesmos, tirando o fato de que ninguém aqui encontra o OneRepublic no trabalho, como o personagem faz – Quem não quer, né? –, porque convenhamos que assim seria abusar da tal felicidade (hahaha). Mas deixando essas considerações de lado, toda crítica à névoa contemporânea da depressão é construída da forma mais interessante possível, falando em aspectos visuais. A primeira metade do clipe é toda concretizada em homens de gravata, no metrô, cercados de publicidade ludibriosas, sempre com muito cinza para intensificar a ordem do sistema que ofusca qualquer tentativa de ser feliz. Em contradição com a primeira fase do clipe, o personagem vivido por Kenneth Choi finalmente muda as regras do jogo, experimentando pequenos prazeres da vida e quebrando paradigmas. A partir daí, tudo fica divertido, acompanhado de um leque imenso de cores, passos de dança e muita espontaneidade, dando vida não só ao personagem, mas à música, que parece ficar ainda mais animada e contagiante do que o comum.
Começando com o pé direito, OneRepublic já nos deixou bem ansiosos para o que está por vir. O nome do próximo álbum ainda é um mistério, assim como sua data de estreia, mas de uma coisa podemos ter certeza: os caras não vão deixar a desejar.
Muito boom gente. Parabéns pela matéria.
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