O EP “Survive The Summer” é a carta na manga que Iggy Azalea precisava!

Depois de 4 anos desde o lançamento de seu último álbum The New Classic, Iggy Azalea inaugurou sua nova era com o single “Kream” e agora finalmente conseguiu lançar o tão aguardado EP, com seis faixas em 15 minutos de duração total. Apesar da megalomania das letras e do visual, modesto é a palavra certa para descrever Survive The Summer, que não traz nenhuma inovação, mas cumpre sua proposta de reestabelecer Iggy no mercado da música.

Iggy Azalea conquistou muitos fãs logo na época em que ela estava lançando seu EP Glory e começava a aparecer ao lado de grandes nomes como Steve Aoki, que lhe rendeu uma de suas melhores faixas, “Beat Down”, lá em 2012. Naquela época, ela falava sobre sua história vindo de outro país, sua carreira de modelo e sua fuga pessoal para o hip hop. A australiana chamou muita atenção ao incorporar seu rap ao ritmo EDM, com batidas maravilhosas e empolgantes nos refrões, similarmente ao que Azealia Banks costuma fazer até hoje.

Agora vivendo a convergência de gêneros musicais, é nítido que ela tenha se perdido um pouco no que é hip hop, pop e música eletrônica, e com isso também se esquecendo qual era seu lugar na indústria e o que sabe fazer de melhor.

Maus bocados Iggy passou por esses e outros motivos, e a australiana precisou ralar muito para reconquistar a confiança de seu público, da mídia e da indústria fonográfica no geral, que a impediam de lançar qualquer coisa — o que já havíamos comentado na review de "Kream". Com Survive The Summer, ela provavelmente conseguiu alcançar esse objetivo ao mostrar que tem talento suficiente para se restabelecer no mercado.




Dessa vez, sem utilizar tanto o EDM — infelizmente, mas esse é o propósito —, Iggy manda seu recado de que sabe sim fazer faixas puramente hip hop, sem ser guiada por uma cantora pop e apostando em suas habilidades de rima em destaque. 


“Rich bitches don’t die and that’s why you won’t survive the summer” é a frase que abre o álbum e define bem a temática que ouviremos pela frente. É direcionada a quem duvida de seu potencial e da capacidade de se reerguer; é ela assumindo o controle de sua história e não abaixando a cabeça a ninguém, esfregando sua conquista na cara de quem a critica. Todas as faixas são muito coesas e esse é um padrão que sempre vemos nos trabalhos de Iggy, um mérito que falta em muitos artistas.

Os destaques ficam para “Kream”, “Kawasaki” e “Survive The Summer”. Se tudo der certo, devemos esperar um vídeo para cada faixa, já que está sendo prometido como um álbum visual pela própria cantora. Esperamos que sim, pois a estética dessa era está de encher os olhos e o conceito pode ser muito bem aproveitado, assim como vimos no clipe de “Kream” e nas fotos promocionais do STS.


Porém, infelizmente, com Iggy não podemos ter tanta certeza das coisas, visto que ainda está em fase de testes pela gravadora e cada passo seu é controlado. Acreditamos que Iggy veio pra ficar e não tem ninguém que vai pará-la. Estaremos esperando pelo melhor. Good luck, Iggy!

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