Cat Dealers reflete sobre sua carreira e revela planos para 2019

Não é de hoje que a tão amada dupla Cat Dealers é considerada um dos grandes fenômenos da música eletrônica brasileira. Eleitos #48 no Top 100 maiores DJs do mundo pela revista DJ Mag, os irmãos Lugui e Pedrão estão cada vez indo mais longe em sua carreira, fazendo sucesso até em festivais na gringa. Claro que, com tudo isso acontecendo, não poderíamos deixar de bater um papo com os meninos para saber tudo sobre suas aventuras na estrada e nos holofotes da fama. E, como se já não fosse suficiente, eles aproveitaram e contaram um pouquinho sobre seus planos para 2019.

Confira a entrevista na íntegra:

KT: Primeiro de tudo, queria ouvir um pouco de vocês como surgiu a ideia de formar um duo eletrônico? Vocês dois sempre curtiram essa vibe? 


Lugui: Foi algo bem natural. Eu peguei um pouco do gosto musical do Pedrão, por ser o irmão mais novo e a gente começar a fuçar mais juntos e criar todo esse interesse, o que nos levou a ser além de fãs da música e também tocar. A gente já, logo de cara, comprou um equipamento de DJ bem básico e depois de uns três meses a gente já estava aprendendo a fazer música e depois de muitos anos a gente chegou onde a gente chegou.

KT: E pode me explicar também esse lance que vocês têm com os gatos? Da onde veio o “Cat Dealers”? 

Pedrão: Bom, a gente tem nove gatos em casa e já tivemos até mais, porque a nossa mãe começou a ajudar gatos de rua. Ela se empolgou e acabou ficando com vários gatos em casa (risos). A gente era literalmente “cat dealers” e foi por isso que demos o nome.

KT: E além de serem apaixonados por gatos (risos), a paixão pela música eletrônica já é evidente, mas no que vocês se diferenciam musicalmente no individual? 

Lugui: A gente é bem diferente. Eu sou uma pegada mais acelerada e agitada e o Pedrão é mais tranquilo. Um completa o outro nesse sentido.

KT: E falando sobre o processo criativo de vocês, qual é a primeira coisa que pensam na hora de produzir um remix ou fazer uma música de vocês mesmo?

Pedrão: É um processo meio aleatório. Para um remix, é espontâneo: escutamos uma música, daí pensamos “vamos fazer alguma coisa?”. Quando é uma música nossa, a gente senta daí começa. Às vezes vem algo da nossa aula de piano, que daí aparece uma coisa diferente.

Lugui: As originais começam mais de uma base, como uma letra que alguém escreveu ou uma batida inicial que vai crescendo. O remix nada mais é do que pegar uma música que você já gosta, mas returbinar pra que dê pra tocar no show no estilo Cat Dealers.


KT: E ninguém mais segura vocês né? Logo de cara, vocês já bombaram demais com o remix de “Oração” e “Your Body”. Vocês esperavam essa recepção? Como é a fama pra vocês?

Pedrão: Pode até parecer metido, mas sempre fomos muito focados mesmo e a gente acreditava que a gente iria conseguir sim. E claro, que quando chega, acaba sendo uma sensação diferente. 

Lugui: Sim, a gente vê só a ponta do iceberg de fora. É a vida dos sonhos, mas é muito diferente do que a gente imaginava e do que parece ser. Também é cansativo pra caramba, você fica dias sem dormir, com uma pressão psicológica bizarra, mas é muito bom sempre.

KT: Qual foi o momento que vocês perceberam aquele impacto da fama?

Pedrão: Talvez quando começamos a ficar em quartos diferentes nos hotéis (risos). Mas o primeiro momento mesmo que a gente percebeu foi quando a gente tocou no Ultra em 2016. A gente tinha 2 meses do projeto e tocamos no segundo horário e é um horário péssimo, também tinham atrasado com a abertura dos portões e quando a gente chegou lá, não tinha ninguém e acabamos ficando um pouco decepcionados. Mas faltando 10 minutos para começar o show, encheu e a galera tava gritando, cantando. E quando a gente saiu, todo mundo foi embora, porque só queriam ver o nosso show.

Lugui: São várias coisas né. A galera reconhecendo na rua, pedindo pra tirar foto, fazendo tatuagem com nosso símbolo. O Lolla em 2018 também lotou de gente que tava lá só pra ouvir nosso som. São pequenas conquistas assim que a gente vai percebendo.


KT: E desde então vocês não param, já fizeram parte de grandes festivais pelo mundo. Como é pra vocês viajar o mundo com a música de vocês? 

Pedrão: Sim, ultimamente a gente tem viajado muito e, pessoalmente, é uma das coisas que mais gosto de fazer. É muito legal explorar a cultura, conhecer outras pessoas, outros lugares.

Lugui: Inclusive, as experiências que temos em cada lugar documentamos nas nossas séries de vlogs. A gente já foi para a Ásia, Austrália, Europa, Marrocos e muito mais e lá a gente registra tudo da gente experimentando outras culturas.


KT: E não podemos deixar de falar sobre o sucesso que vocês fizeram abrindo os shows da Shakira aqui no Brasil. Como foi essa experiência pra vocês? A recepção do público e tudo mais? Fiquei sabendo até que até a própria Shakira foi elogiar vocês e agradecer pela performance... 

Pedrão: Foi surpreendente. A gente não sabia muito bem o que esperar, porque é outro público. Não sabíamos se eles iam curtir a gente. Enfim, chegamos lá e o estádio lotado já intimida, né? E foi animal. Explodiu o set, bombou muito os dois shows. A própria Shakira gravou stories do show.

Lugui: Parece que ela gostou muito do show e daí rolou o encontro entre a gente, tiramos uma fotos, ela elogiou e agradeceu.


KT: E vocês não param né? É Single atrás de Single. Já tem algum plano pra 2019? Alguma música que tá no radar pra remix ou algum artista que querem colaborar? O que podem adiantar pra gente?

Lugui: Já sim. Temos agora no dia 18 de janeiro, o nosso single “Gone Too Long”, com o Bruno Martini e o Joy Corporation. É uma regravação de uma música eletrônica antiga que modernizamos. Criamos tudo e é uma das nossas favoritas agora.

Pedrão: A gente tá com tanta música que fica até difícil escolher qual vamos lançar. Temos, além disso, “Titanium”, um remix que fizemos do David Guetta. Também vamos ter músicas com artistas de fora. Tem muita coisa legal, e a próxima é “Gone Too Long”, então fiquem ligados!

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