O afropop de Majur repleto de simbolismos em seu novo álbum: “Ojunifé”

Na última quarta-feira, 12 de maio, a soteropolitana Majur lançou seu primeiro disco: Ojunifé. A cantora, que já havia lançado um EP e dois singles desde 2018, recebeu bastante atenção após a participação do muito bem-sucedido single “AmarElo” de Emicida ao lado de Pabllo Vittar. Agora, uma nova era se inicia para Majur.

No idioma iorubá “Agô”, é um pedido de licença e também é o nome dado ao título da primeira faixa do disco. “Presente de Deus anunciou, Majur chegou”, canta Majur em “Agô” e que forma marcante de chegar! Em seguida, na faixa “Flua”, a baiana deixa bem claro: “Eu posso ser quem eu quiser ser”.

O disco conta com as participações de Luedji Luna, na faixa “Ogunté”, uma canção que celebra o feminino, e da cantora Liniker na potente faixa “Rainha de Copas”, canção que com duas vozes que se casaram perfeitamente, seria difícil não funcionar. Tais parcerias engrandeceram ainda mais o disco e mostraram como Majur não se limitou nesse trabalho com essas diferentes influências.

Na faixa “Enciéndeme”, uma das mais dançantes de todo o disco, temos um ‘portunhol’ na mistura dos ritmos afropop e axé. Em “Aquário”, Majur canta sobre aquele momento de superação do fim de um relacionamento em que o amor por si mesmo se torna maior que o sofrimento por outra pessoa: “Você brincou comigo, eu quis acreditar e nada aconteceu, agora você me perdeu”.


As mensagens de autoaceitação levam autenticidade para o disco e o torna muito pessoal, muito especial. “Seja o que quiser ser, o importante é ser você” é a frase que se repete na música “Seja o Que Quiser” e pode nos servir como um mantra. Para fechar o álbum, temos as mais românticas “Última Dança”, “Nostalgia do Amor”, onde podemos ouvir um bom toque de samba, e “De Novo”, faixa que caminha para o lado do R&B/Soul.

Ojunifé significa “olhos do amor” no idioma iorubá e o disco nos remete a muito amor. Amor próprio, principalmente. Sobre o disco, Majur conta em seu Instagram:É abertura de caminhos. É a minha vez, de outres que vieram antes. É a chegada de uma ENERGIA. Esse é um movimento de liberdade interior.E, com certeza, a cantora soube entregar o que tinha em mente. Ojunifé é um grande trabalho e nos mostra que não podemos tirar os olhos de Majur, pois ela já é um exemplo de que no Brasil há excelentes artistas com grandiosos trabalhos que precisam ser escutados. Escute Ojunifé!

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